ABSCESSO PULMONAR
É uma lesao necrotica localizada do
parenquima pulmonar contendo material purulento que se colaba e forma uma
cavidade.
Os pacientes que apresentam o reflexo de
tosse prejudicado ou nao conseguem fechar a glote, ou aqueles com dificuldades
de deglutição, estão em risco de aspirar o material não proprio e desenvolver
um abscesso.
Outros pacientes em risco são:
- os que apresentam o disturbio do SNC (
convulsões e AVC ) quando adicionam drogas, álcool, doença esofágica ou funções
esofagica e imune comprometido, aqueles sem dentes, aqueles que recebem
alimentos por via SNG, e aqueles com estado de consciencia alterado devido a
anestesia.
FISIOPATOLOGIA
Muitos abcessos pulmonares constrituem
uma complicação de pneumonia bacteriana ou aspiração de anaerobios orais para o
pulmão.
Mas no entanto, existem abcessos que
ocorrem como secundário a um traumatismo (obstrução brônquica por tumores),
obstrução mecânica ou funcional dos brônquios por tumores, corpo estranho ou
estenose brônquica ou ainda a partir de pneumonias necrotizantes, tuberculose
embolia pulmonar ou trauma torácica.
LOCAIS DE MAIOR OCORRENCIA
A maioria dos abcessos pulmonares é
encontrada na área do pulmão que pode ser afectado por aspiração.
O sítio de ocorrência do abcesso pulmonar
está relacionado com a gravidade e é determinada pela posição do paciente.
Naqueles confinados ao leito, o seguimento posterior do lobo inferior são as
áreas mais comuns do abcesso pulmonar.
As apresentações atípicas podem ocorrer
dependendo da posição do paciente quando ocorre a aspiração.
Quando o abcesso drena para brônquio
surge o escarro, e quando o abcesso drena na cavidade pleural origina empiemas.
Os organismos que provocam abcessos
pulmonares com frequência são: S. áureos,
Klebsielle e outros grãm - negativas. Entretanto os anaeróbicos também
podem estar associados à origem dos abcessos pulmonares.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
As manifestações clínicas podem variar
desde uma tosse produtiva discreta até doença aguda. Muitos pacientes
apresentam febres e tosses produtivas com quantidades moderadas a copiosas de
escarro com odor fétido, frequentemente sanguinolento e pode estar presente a
leucocitose. São comum a pleurisia ou dor torácica maciço, dispneia, fraqueza,
anorexia e perda de peso.
A febre
e a tosse podem se desenvolver de maneiras insidiosa e podem estar
presentes semanas antes do diagnóstico.
HISTÓRICO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS
O exame físico pode revelar macicez a
percussão e sons respiratórios diminuídos ou mesmo ausentes devido a atrito
pleural intermitente a ausculta. Os estertores podem estar presentes, a
confirmação do diagnóstico é feito por : Radiografia do tórax, cultura do
escarro e em alguns casos é feita a broncoscopia e tomografia computorizada.
TRATAMENTO MÉDICO
O histórico e os achados indicam o
agente desencadeador e sugere o possível tratamento.
A drenagem pode ser conseguida através
de drenagem postural da fisioterapia torácica, em alguns pacientes usa se um
cateter percutâneo inserido para drenar o abcesso a longo prazo.
Uma dieta hipersódica e hipercalórica se
faz necessáraria, porque a infecção crónica está associado a processos
catabolicos, exigindo a ingestão aumentada de calorias e proteínas para
facilitar a cura.
A cirurgia (lobectomia) é feita quando
há hemoptise maciça ou pouca ou nenhuma resposta a ao tratamento médico.
TERAPIA FARMACOLOGICA
Os antimicrobianos intravenosos são
usados dependendo dos resultados da cultura de escarros e dos testes de
sensibilidades. E os medicamentos de escolha são: a penicilina G ou a clindamicina
e como segunda linha a penicilina com metronidazol. Em geral são usados em
grandes doses intravenosos porque o antibiótico deve penetrar no tecido
necrótico e nos líquidos do abcesso, ate que exista evidente melhora dos
sintomas.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O enfermeiro administra os medicamentos
de acordo com a prescrição e monitora os efeitos adversos.
A fisioterapia torácica é iniciada
conforme o prescrito para facilitar a drenagem.
O enfermeiro ensina o paciente a realizar o exercício da respiração
profunda e da tosse para ajudar na expansão dos pulmões.
O enfermeiro encoraja e monitoriza a
ingestão de nutrição apropriada.
Devido ao longo período de cura o
enfermeiro deve oferecer apoio emocional.
BRONQUIECTASIA
É uma dilatação crónica e irreversível
dos brônquios e bronquíolos. Segundo a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva
Crónica), ela é uma doença ou processo separado da DPOC (NIH, 2001).
Esta patologia pode ser originada por
várias causas, incluindo:
- Obstrução
da via aérea
- Lesão
difusa das vias aéreas
- Infecções
pulmonares e obstrução do brônquio ou complicação das infecções pulmonares
de longo prazo.
- Distúrbios
genéticos, como a fibrose cística.
- Defesa
anormal de hospedeiro.
- Causa
idiopáticas.
Uma pessoa pode estar pré-disposta a
doença como consequência a infecções da infância (infecções respiratórias
referente no inicio de infância), tal é o caso de sarampo, influenza,
tuberculose e distúrbio de imunodeficiência.
FISIOPATOLOGIA
O processo
inflamatória associado a infecções pulmonares lesiona a parede brônquica
provocando uma perda da sua estrutura de sustentação resultando no escarro
espesso que, por fim, obstrui os brônquios. As paredes tornam permanentemente
dilatadas (distendidas) e distorcidas, prejudicando a decoração mucociliares.
A inflamação e a
infecção estendem-se para os tecidos brônquicos; no caso da bronquiectasia
sacular, cada tubo dilatado lembra um abcesso pulmonar cujo exsudato drena
livremente através de brônquio. Em geral, a bronquiectasia é localizada,
afectando um segmento ou lobo de um pulmão mais amiúde aos lobos inferiores.
A retenção das
secreções e ao subsequente obstrução fazem por fim, com que alvéolos dos tais a
obstrução se colabem (actletasia). A cicatrização inflamatória ou fibrose
substitui o tecido pulmonar funcionante, com o tempo, o paciente desenvolve a
insuficiência respiratória com capacidade funcional reduzida, baixa ventilação
e uma porção diminuída entre o volume residual e a capacidade pulmonar total.
Existem comprimentos maiores na estabilização entre a ventilação e a perfusão
(desequilíbrio ventilação-perfusão) e hipoximia.
MANIFESTAÇÕES
CLINICAS
Os sintomas
característicos da bronquiectasia incluem a tosse crónica e a produção de
escarro purulento em quantidades copiosas. Muitos pacientes com essa doença
apresentam hemoptise. O baqueteamento dos dedos também é comum pela
insuficiência respiratória. Em geral, o paciente apresenta episódios repetidos
de infecção pulmonar. Mesmo com as modernas condutas de tratamento, a idade
média de mortalidade é de aproximadamente 55 anos.
HISTÓRICOS E
ACHADOS DIAGNÓSTICOS
A bronquiectasia
não é prontamente diagnosticada porque os sintomas podem ser confundidos com
aqueles da bronquite crónica simples. Um sinal definitivo é oferecido pela
história prolongada de tosse produtiva com escarro consistentemente negativo
para o bacilo da tuberculose. O diagnóstico é estabelecido por um imageamento
por tomografia computorizada (TC), o
qual demonstra a presença ou ausência da dilatação brônquica.
TRATAMENTO
MÉDICO
Os objectivos do
tratamento são promover a drenagem brônquica para limpar as secreções
excessivas da porção afectada dos pulmões e evitar ou controlar a infecção. A
fisioterapia respiratória, inclusive a percussão e drenagem postural, é
importante no tratamento da secreção.
A cessação do
tabagismo é importante porque o fumo prejudica a drenagem brônquica ao
paralisar acção ciliar, aumentar as secreções brônquicas e provocar inflamação
das mucosas resultando em hiperplasia das glândulas mucosas. A infecção é
controlada com terapia antimicrobiana baseada nos resultados na sensibilidade
sobre organismo cultivado a partir do escarro. Pode ser prescrito um regime de
agentes antibióticos por um na inteiro, com diferentes tipos de antibióticos no
intervalo, os pacientes devem ser vacinados influenza e pneumonia
pneumococócica. A cirurgia se justifica
em pacientes que continuam a expectorar grandes quantidades de escarro e
apresentam surtos repetidos de pneumonia e hemoptise, a pesar de aderir ao
tratamento, entretanto a doença deve
envolver uma ou duas partes do pulmão que podem ser removidas sem
envolver insuficiência respiratória. As metas do tratamento cirúrgico são
conservar o tecido pulmonar normal e evitar complicações infecciosas. Pode
haver necessidade de remover um seguimento de um lobo (ressecação seguimentar),
um lobo (lobetomia), ou raramente todo o pulmão (pneumonectomia). A cirurgia é
cuidadosamente preparada por um período com objectivo de obter uma árvore
tranqueobrónquica seca (isenta de infecções) para evitar complicações como a
atlectasia, pneumonia, fistula bronco-pleural e empiema. Isto é feito por
drenagem postural ou, dependendo da localização, por aspiração directa através
de um broncoscópio. Depois da cirurgia os cuidados são mesmos ou quase idênticos
a qualquer paciente que se submeteu a cirurgia torácica.
TRATAMENTO DE
ENFERMAGEM
O tratamento do
paciente com bonquiectasia focaliza o alivio de sintomas e auxilio de paciente
para depurar as secreções pulmonares. O fumo e outros factores que aumentam a
produção do muco e prejudicam sua remoção são objectivados no ensino do
paciente. O paciente e a família são ensinados a realizar a drenagem postural e
a evitar exposição a outros com infeçoes respiratórias altas e outras
infecções. Se o paciente experimenta fadiga e dispneias, são debatidas as
estratégias para conservar energia enquanto mantém o estilo de vida o mais
activo possível. O paciente precisa se instruir sobre os sinais iniciais da
infecção respiratória e a progressão de distúrbio, de modo que o tratamento
apropriado possa ser implementado de imediato. Como a presença de uma grande
quantidade de muco pode diminuir o apetite do paciente e resultar numa ingesta
inadequada, o estado nutricional do paciente é avaliado e são implementadas
estratégias para garantir a dieta adequada.
HISTORICO DE
ENFERMAGEM
O historico
envolve obter informacoes sobre sintomas actuais, bem como as manifestacoes
previa da doenca. Alem da historia o enfermeiro tambem reve achados de exames
diagnosticos disponiveis.
Para obter
historia seguintes perguntas são
indisprensaveis
Há quanto tempo
tem a dificuldade respiratoria
O esforco
aumenta a dispneia. Que tipo de esforco
Quais são os
limites de to;lerancia para o exercicio
Em que periodo
do dia em o paciente se queixa mais a fadiga e falta de ar
Que habitos de
sono e alimentares foram efectuados
Qual a historia de tabagismos ( primaria ou secundaria)
Existem exposicoes ao fumo e outros
poluentes
Quais são os efeitos deflagradores (
esforço, odor forte, poeira, exposição a animais )?
INSPEÇÃO E ACHADOS DE EXAME
Que posições o paciente assume durante a
intrevista ?
Quais são as frequencias de pulso e
respiração?
Qual e o caracter da expiração? Com ou
sem esforço?
O pacioente pode complitar uma frase sem precisar respirar?
O paciente contrai os musculos
abdominais durante a inspiração?
O paciente utiliza os musculos
acessorios do ombro e pescoço para respirar?
O paciente leva longo periodo para
respirar?
O paciente tem tosse?
O paciente apresente cianose?
As vias cervicais estão ingurgitadas?
O paciente apresenta
Data
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NHB
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Sinais e Sintomas
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Diagnostico
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Prescrição
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repiração
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toracica2intolerancia oa esforço
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Dificoldade em respirar(dispneia)
Produção do muco aumentado
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Assistência
de Enfermagem ao paciente portador de empiema pulmonar: relato de caso
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Encontramos. M.V 21 anos, residente em Maputo, internado no dia
27/01/11 com queixas de dor torácica, tosse secretiva e intensa falta de ar:
história pregressa de tabagismo, etilismo e hepatopatia crônica com 4
toracocenteses anteriores. Apresentava sinais de crepitações no pulmão
direito, sendo evidenciado hidropneumotórax. Portava dreno no pulmão direito
com secreção purulenta. Encontraram-se 8 diagnósticos: dor aguda; infecção;
troca de gases prejudicada; produção de muco aumentada; intolerância à
atividade; conforto alterado; padrão respiratório ineficaz; e déficit no auto
cuidado.
O plano de cuidados de Enfermagem: administrar medicamentos;
monitorizar sinais vitais; fornecer suporte de O2; orientar
exercícios respiratórios para promover a expansão do pulmão e acerca da
doença e procedimentos realizados (toracocentese, dreno, etc.); prestar
cuidados específicos com o dreno; e promover conforto ao paciente. A teoria
de Worta permitiu visualizar o paciente na dinâmica sistêmica de interelações
biopsicossociais e espirituais.
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PE
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Nome do doente: Ângelo
Jose Manhique; Idade:21anoa Sexo:
m
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Diagnostico medico Epiema serviço de Medicina IV ; Cama
37:
Dieta:
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Abcesso pulmonar
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