sábado, 5 de setembro de 2015

APARELHO RESPIRATÓRIO
Porções do Ap. respiratório
Ø  Fossas nasais
Ø   Nasofaringe
Ø   Laringe
Ø   Traqueia
Ø   Brônquio
Ø   Bronquíolo
Ø   Bronquíolo terminal
Ø   
PORÇÃO DE TRANSIÇÃO
Ø   Bronquíolo respiratório


PORÇÃO RESPIRATÓRIA
Ø   Canais alveolares
Ø   Sacos alveolares
Ø   Alvéolos

Esquema das porções do aparelho respiratório
Esquema



FOSSAS NASAIS

COMPREENDE TRÊS ÁREAS:

c Vestíbulo

c Área respiratória

c Área olfatória

O VESTÍBULO
É a porção anterior e dilatada das fossas nasais.
?Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. Lámina própria de tecido conj. Denso
?Folículos pilosos
?Glândulas cutâneas
FUNÇÃO: Serve de barreira contra partículas grosseiras de pó

ÁREA OLFATÓRIA
Situa-se na parte superior das fossas nasais. É a área responsável pela sensibilidade olfatória
?Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado.
? Este epitélio tem 3 tipos celulares (basais, sustentação e olfatórias)- (rever a descrição de cada uma das células dos capítulos anteriores)
?Lámina própria – Contém glândulas ramificadas seromucosas PAS positivo, vasos e nervos abundantes

Epitélio olfatório

ÁREA RESPIRATÓRIA
Compreende a maior parte das fossas nasais
?Apresenta epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com grande quantidade de células caliciformes
?Lámina própria de tecido conj. Denso
FUNÇÃO: Humedecer as paredes das cavidades nasais

O epitélio desta área apresenta:
c Células cilíndricas ciliadas
?Células caliciformes
?Células em escova (brush cells)- microvilosidades
?Células em escova com dentrites na base
?Células basais
?Células granulares (células endócrinas)

Célula basal
 
Célula em escova
 

 
Cél caliciformes e células cilíndricas ciliadas                      células granulares,células cilindr ciliadas e em escova


FUNÇÃO GERAL DAS FOSSAS NASAIS
         Aquecimento do ar (graças a presença de plexos venosos)

         Filtração do ar (graças a presença dos pêlos)

         Humedecer (graças a presença de glândulas mistas)


A LARINGE
-A laringe é um curto canal que une a faringe à traqueia.
- O seu comprimento no adulto é de 4 a 5 cm.
- A função da laringe não é só de dar passagem ao ar que sai e entra nos pulmões, mas também de emitir a voz. Portanto, é um órgão da "fonação". Tal tarefa é desempenhada pelas cordas vocais que se encontram no interior do canal laríngeo
Laringe
Figura que ilustra as cordas vocais falsas e verdadeiras

Na face ventral e parte da face dorsal da epiglote, assim com nas cordas vocais o epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado.
Nas restantes áreas o epitélio é de tipo respiratório
A sua parede apresenta uma série de peças cartilaginosas unidas por tec. Conj fibroelástica.
Laringe
Figura que ilustra as partes da laringe


A TRAQUEIA
Constituição macroscópica da traqueia
- Tem 22 cm no homem e 18 cm na mulher.
- Forma de um cilindro e apresenta relevos e depressões devidas à presença dos anéis cartilaginosos unidos entre si por tecido fibroso (R. anterior).
- A traquéia está destinada unicamente à passagem do ar.

A sua porção cervical pode ser sede de uma traqueostomia.

Vias de acesso
Vista macroscópica da traqueia

Constituição histológica da traqueia
         Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes
          Lamina própria – tec. Conj. Frouxo rica em fibras elásticas, glândulas principalmente mucosas
          Na região anterior existe cartilagem hialina em forma de C
          A região dorsal (voltada para o esófago) não tem cartilagem, apenas músculo liso
          Adventícia- tecido conj. Frouxo, células adiposas e vasos sanguíneos

Histologia da traqueia
Camadas da traqueia

BRÔNQUIOS
Os brônquios resultam da ramificação da traqueia. A contracção das fibras musculares lisas forma as pregas da mucosa
Fibras musculares a envolver o brônquio e o bronquíolo
 

Histologia dos brônquios
Os Ramos maiores – Apresentam a mucosa (epitélio e lámina própria) igual a da traqueia.

Os Ramos menores apresentam:
A CAMADA MUCOSA
                        Epitélio cilíndrico simples ciliado
                        Lámina própria – rica em fibras elásticas
A CAMADA MUSCULAR
                        Feixes de músculo liso em espiral
                        Externamente ao músculo existe peças de      cartilagem hialina cobertas por fibras elásticas           e algumas glândulas mucosa ou mistas
A CAMADA ADVENTÍCIA
                        Tecido conjuntivo frouxo e acúmulos linfáticos

Brônquio de grande calibre


Brônquio mostrando a cartilagem hialina

BRONQUÍOLOS
São segmentos intralobulares e o seu diâmtero é de 1 mm. O seu epitélio vai reduzindo de tamanho a medida que se caminha para a profundidade.
árvore bronquial

BRONQUÍOLOS TERMINAIS
Aqui termina a porção condutora
FNão apresenta cartilagem, nem glândulas
F A sua parede não apresenta alvéolos
F Epitélio – cilíndrico baixo ou cúbico simples, ciliado ou não e células de Clara
F Lamina própria – tec. Conj. Frouxo rica em fibras elásticas
F Camada muscular- mais desenvolvida que a dos brônquios




Bronquólo terminal – mostrando ausência de cartilagem e presença de anel de fibras musculares

Células de Clara com grânulos de secreção e porção apical saliente e em contacto com o lúmen do bronquíolo terminal


BRONQUÍOLO RESPIRATÓRIO
Corresponde a porção de transição
EÉ considerado bronquíolo terminal com alvéolos na sua parede
E Não apresenta cartilagem, nem glândulas
E A sua parede apresenta alvéolos
E Epitélio –cilíndrico baixo ou cúbico simples, ciliado ou não
E Lamina própria – tec. Conj. Frouxo rica em fibras elásticas
ECamada muscular- bem desenvolvida


Bronquíolo terminal que se divide em bronquíolos respiratórios contendo alvéolos
alvéolo
 
Sacos alveolares
 

Esquema da do bronquíolo respiratório

CANAIS ALVEOLARES
São Canais longos e tortuosos

Æ São ramificações dos bronquíolos respiratórios
Æ Epitélio – cúbico simples com células baixas
Æ Apresentam também células musculares lisas

ALVÉOLOSsão expansões ou evaginações em forma de saco na parede do bronquíolo (semelhantes aos favos de colmeia).

SACOS ALVEOLARESé a união de dois alvéolos ou mais, no parênquima pulmonar.

CANAIS ALVEOLARESsão canais longos e tortuosos, formados por ramificação dos bronquíolos respiratórios.

Sistema respiratório
Pulmão com seus alvéolos

O Epitélio dos alvéolos e sacos alveolares é pavimentoso simples.
A parede alveolar é comum a dois alvéolos vizinhos- septo interalveolar

SEPTO INTERALVEOLAR

Histologia do septo interalveolar
É a parede comum de 2 alvéolos
- A parede interalveolar é formada por 3 tipos de células:

         Células endoteliais- células alongadas e são as mais numerosas.

         Pneumócitos tipo Iformam o revestimento epitelial da parede do alvéolo. São Células achatadas

         Pneumócitos tipo II ou células septaiscélula poligonal, núcleo esférico com cromatina condensada citoplasma com vesículas, corpos lamelares e R.E.Rugoso. Produzem sulfactante pulmonar

Alvéolos pulmonares mostrando a estrutura da parede interalveolar contendo abundante plexo capilar

Pneumócitos tipo I e tipo II

O ar alveolar está separado do sangue capilar por meio de 4 membranas:
1. Citoplasma da célula epitelial

2. Lámina basal dessa célula epitelial

3. Citoplasma da célula endotelial

4. Lámina basal da célula endotelial



Parede do septo-interaveolar, mostrando a barreira entre o ar inspirado e o sangue

Pneumócito tipo II – sintetiza fosfolípidos e proteínas no seu RER que depois migram para o Ap Golgi formando grânulos de secreção contendo fosfolípidos
Pneumócito tipo II e a síntese de surfactante pulmonar

FAGÓCITOS ALVEOLARES OU CÉLULAS DE POEIRA
         Aparecem no interior dos alvéolos
         Têm citoplasma com partículas de carvão fagocitadas
         São frequentes nas situações de insuficiência cardíaca (o pulmão fica congestionado e uma parte dos eritrócitos pode escapar para os alvéolos e serem fagocitadas por estas células)

FAGÓCITOS ALVEOLARES OU CÉLULAS DE POEIRA

A circulação sanguínea no pulmão compreende:
? VASOS FUNCIONAIS (artérias e veias pulmonares)

?VASOS NUTRIDORES (artérias e veias brônquicas)

Vascularização do Lobo pulmonar e alvéolos
Estrutura e vascularização
1- Artéria pulmonar 2- Veia pulmonar 3- Ramificação brônquica 4- Lóbulo pulmonar

A artéria pulmonar é de tipo elástico e contém sangue venoso a ser oxigenado nos alvéolos.
A veia pulmonar contém sangue oxigenado que sai dos lóbulos para o hilo acompanhando a árvore brônquica.

Os vasos linfáticos acompanham os brônquios e os vasos pulmonares. Também são encontrados nos septos interlobulares e dirigem-se todos para os gânglios da região do hilo.
A Nas porções terminais da árvore brônquica não existem vasos linfáticos
A Os vasos linfáticos formam a rede superficial (linfáticos presentes na pleura); rede profunda (linfáticos que acompanham os brônquios e os vasos pulmonares)

Os vasos linfáticos Também são encontrados nos septos interlobulares e dirigem-se todos para os gânglios da região do hilo

Alvéolo pulmonar
1- Lóbulo pulmonar  2- Lóbulo pulmonar visto em secção  3- Artéria  4- Brônquio  5- Veia  6- Vasos linfáticos

A PLEURA
É uma membrana serosa que envolve o pulmão e que goza de uma grande  permeabilidade.

APRESENTA:
  1. Folheto visceral e folheto parietal, ambos revestidos por mesotélio e contêm fibras colágenas e elásticas.

  1. Entre os dois folhetos existe uma cavidade virtual contendo uma película de líquido que age como lubrificante e permite o deslizamento suave dos 2 folhetos durante os movimentos respiratórios

A respiração, tem a dupla tarefa de transportar O2 de que as células do organismo necessitam e expelir o CO2, que constitui o produto último das transformações metabólicas.
Para a realização dessas funções é necessária a intervenção do sangue, e, sobretudo, dos eritrócitos, sobre os quais o O2 e o CO2 se podem fixar e dos quais podem ser cedidos, seja aos tecidos seja ao ar .
O órgão no qual têm lugar as trocas gasosas é o pulmão, e, em particular, os alvéolos pulmonares


Movimentos da caixa torácica
Caixa torácica



Breathing
O ar é inspirado activamente pela contracção muscular mas a expiração é essencialmente passiva
A Na inspiração há contracção dos músculos intercostais e do diafragma, levanta as costelas e baixa o assoalho da cavidade torácica

Pode-se analisar  os movimentos respiratórios por videogrametria

Objetivos deste exame:
1)      Análise dos movimentos da caixa torácica durante a respiração.

1)      Análise das alterações dos movimentos respiratórios induzidas por alguma actividade física ou uma infecção da pleura ou dos pulmões









PATOLOGIAS RELACIONADAS

Infecções e agentes tóxicos podem danificar os cílios

SINDROME DE KARTAGENER

Æ Caracteriza-se por infecção crónica das vias respiratórias e infertilidade masculina devida à imobilidade dos cílios e flagelos.

Æ Essa imobilidade é devido a deficiência ou falta de proteína DINEÍNA, responsável por movimentação dos cílios e flagelos

ATELECTASIA
É o colapso dos pulmões

PNEUMOTÓRAX
? Significa a presença de ar no espaço pleural ou seja, ar entre o pulmão e a parede do tórax.

BIBLIOGRAFIA
         Junqueira e Carneiro- 9ª edição

         Alan Stevens. James Lowe. 2ª edição

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