GUSTAÇÃO (PALADAR)
Os sentidos gustativo e olfativo são
chamados sentidos químicos, porque seus receptores são excitados por
estimulantes químicos. Os receptores gustativos são excitados por substâncias
químicas existentes nos alimentos, enquanto que os receptores olfativos são
excitados por substâncias químicas do ar. Esses sentidos trabalham
conjuntamente na percepção dos sabores. O centro do olfato e do gosto no
cérebro combina a informação sensorial da língua e do nariz.
Observa-se entre as células gustativas de uma papila uma rede com duas ou três fibras nervosas gustativas, as quais são estimuladas pelas próprias células gustativas. Para que se possa sentir o gosto de uma substância, ela deve primeiramente ser dissolvida no líquido bucal e difundida através do poro gustativo em torno das microvilosidades. Portanto substâncias altamente solúveis e difusíveis, como sais ou outros compostos que têm moléculas pequenas, geralmente fornecem graus gustativos mais altos do que substâncias pouco solúveis difusíveis, como proteínas e outras que possuam moléculas maiores.


As Quatro Sensações Gustativas-Primárias
Na superfície da língua existem dezenas de
papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários,
aos quais chamamos sensações gustativas primárias: amargo (A), azedo ou ácido
(B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores
distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da
língua, não é homogênea.
1.Papilas circunvaladas
2.Papilas fungiformes
3. Papilas filiformes

O cérebro detecta o tipo de gosto pela relação (razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora outras papilas tenham sido estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo.
O sabor diferente das comidas
Cada comida ativa uma diferente combinação
de sabores básicos, ajudando a torná-la única. Muitas comidas têm um sabor
distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro, percebidos
simultaneamente. Além disso, outras modalidades sensoriais também contribuem
com a experiência gustativa, como a textura e a temperatura dos alimentos. A
sensação de dor também é essencial para sentirmos o sabor picante e estimulante
das comidas apimentadas.
REGULAÇÃO DA DIETA PELAS SENSAÇÕES
GUSTATIVAS
As sensações gustativas obviamente auxiliam
na regulação da dieta. Por exemplo, o sabor doce é normalmente agradável, o que
faz com que um animal procure preferentemente alimentos doces. Por outro lado,
o gosto amargo é geralmente desagradável, fazendo com que os alimentos amargos,
que geralmente são venenosos, sejam rejeitados. O gosto ácido é muitas vezes
desagradável, o mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O prazer sentido com os
diferentes tipos de gosto é determinado normalmente pelo estado de nutrição
momentâneo do organismo. Se uma pessoa está há muito sem ingerir sal, por motivos
ainda não conhecidos, a sensação salgada torna-se extremamente agradável. Caso a pessoa tenha ingerido sal em excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo acontece com o gosto ácido e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a qualidade da dieta é automaticamente modificada de acordo com as necessidades do organismo. Isto é, a carência de um determinado tipo de nutriente geralmente intensifica uma ou mais sensações gustativas e faz com que a pessoa procure alimentos que possuam o gosto característico do alimento de que carece.
IMPORTÂNCIA DO OLFATO NO PALADAR
Muito do que chamamos gosto é, na verdade,
olfato, pois os alimentos, ao penetrarem na boca, liberam odores que se
espalham pelo nariz. Normalmente, a pessoa que está resfriada afirma não sentir
gosto, mas, ao testar suas quatro sensações gustativas primárias, verifica-se
que estão normais.As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando no controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos.
TRANSMISSÃO DE ESTÍMULOS AO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
As vias de transmissão dos estímulos
gustativos ao tronco cerebral e daí ao córtex cerebral. Os estímulos passam das
papilas gustativas na boca ao tracto solitário, localizado na medula oblonga
(bulbo). Em seguida, os estímulos são transmitidos ao tálamo; do tálamo passam
ao córtex gustativo primário e, subseqüentemente, às áreas associativas
gustativas circundantes e à região integrativa comum que é responsável pela
integração de todas as sensações.
REFLEXOS GUSTATIVOS
Uma das funções do aparelho gustativo é
fornecer reflexos às glândulas salivares da boca. Para tanto, estímulos são
transmitidos do tracto solitário, no cérebro, aos núcleos vizinhos que
controlam a secreção das glândulas salivares. Quando o alimento é ingerido, o
tipo de sensação gustativa, atuando através desses reflexos, ajuda a determinar
se a secreção salivar deverá ser grande ou pequena.
GUSTAÇÃO (PALADAR)
A sensibilidade se deve à mucosa da língua
e a sensibilidade propiceptiva dos músculos da língua se deve a três nervos: a) nervo lingual: é uma ramificação do trigêmino ou quinto par para os dois terços anteriores da língua.
b) nervo glosofaríngeo: é o nono par para a base da língua.
c) nervo laríngeo superior: é uma ramificação do neumogástrico décimo par para as pregas glosoepiglóticas. Estes nervos transmitem as sensações de contato de temperatura e de posição, assim como as impressões gustativas que permitem apreciar a qualidade e o sabor dos alimentos sólidos ou líquidos introduzidos na cavidade bucal.
O estudo anatômico do sistema sensorial digestivo compreende três partes:
a) Os órgãos receptores que são as papilas linguais que contém os botões gustativos; estes botões também existem na mucosa do véu do paladar, nos capilares do véu, no epiglóte e nos lábios contidos na capa epitelial das papilas calissiformes e fungiformes. Estes botões têm forma oval ,com a base apoiada sobre o colón e uma extremidade afilada; esta apresenta um orifício que é o foro gustativo, de onde escapam as silias gustativas captoras das impressões gustativas.
b) As vias gustativas compreendem três neurônios: a periférica ou protoneurona, a entral e a terminal. A protoneurona é a que capta as sensações das papilas da língua.
c) Centros gustativos do sistema nervoso central: ainda existe certa imprecisão na sua definição. O centro principal se assenta no uncus* do hipocampo, vem na frente dessa circunvolução. A área gustativa estaria aqui muito próxima aos centros de olfação: descreve-se igualmente outro centro gustativo na circunvolução parietal ascendente. O outro descrito no hipocampo seria uma formação de arquipaleo, o que corresponde ao caráter primitivo deste meio de comunicação com o mundo exterior. Pelo contrário, o centro da parietal ascendente (niopálio) corresponde a uma região mais evolucionada do cérebro e seu valor sensorial é discutido.
Um sistema primoroso ainda não desvendado
Japão vive atualmente um boom gastronômico
jamais visto. As revistas publicam amplas matérias sobre gastronomia, e todas
as emissoras de televisão transmitem programas relacionados com o assunto.E, em Tóquio, concentram-se restaurantes de comida típica de todos os países do mundo, de tal modo que não é exagero dizer: "Não há prato que não seja possível degustar em Tóquio". Começando, logicamente, pelos pratos japoneses, pode-se saborear comida chinesa, culinária de todos os países do Ocidente, não sendo mais novidade os restaurantes especializados em cozinha da América do Sul, do Sudeste da Ásia e também da África.
Conseguimos saborear esses variados pratos porque possuímos o paladar. Graças ao paladar que o homem possui, nasceram os mais diversos métodos culinários e as mais variadas iguarias, e assim se desenvolveu a cultura gastronômica.
Se não possuíssemos o paladar, as refeições seriam literalmente insípidas e enfadonhas, que apenas serviriam para repor pela boca a energia e os elementos necessários ao nosso corpo. Não haveria diferença alguma do ato de colocar combustível no carro. O ato de comer perderia todo encanto, transformando-se em simples ato fisiológico que em nada difereria do ato de defecar.
Acabariam as reuniões familiares em tomo da mesa de refeições, e ninguém iria despertar de manhã sentindo o aroma da sopa de soja, no Brasil, o aroma do café, preparada pela mãe.
Normalmente, achamos muito natural que tenhamos a faculdade de sentir o sabor dos alimentos, mas, pensando melhor, notamos que isso enriquece muito a nossa vida.
Se conseguimos ter paladar é porque a superfície da nossa língua está coberta de papilas, que são receptores sensoriais especializados em sentir sabor. As papilas são formadas por dezenas de células gustativas, agrupadas em forma de botão, e essas células distinguem o sabor.
As células gustativas reconhecem os sabores doce, azedo, salgado e amargo, que a fisiologia os denomina de sabores básicos. A esses sabores se acrescentam a sensação da temperatura, da textura, da dor e, assim, conseguimos nos deleitar com a harmonia dos diversos sabores.
A sensibilidade dessas células gustativas é extremamente apurada e distingue a diferença de estrutura da matéria no nível molecular. Por exemplo, sentimos que o açúcar é doce, mas uma ínfima diferença de estrutura química do alimento nos faz sentir um sabor doce diferente.
Se formos analisar a diferença da estrutura molecular por meio de recursos químicos, teremos de repetir experiências em diversos níveis.
É de se espantar que as células gustativas detectem instantaneamente a diferença das estruturas químicas dos alimentos que, sendo transmitida ao cérebro através do nervo lingual, nos faz sentir diversos sabores.
É também do conhecimento geral que o paladar possui "faculdade de aprender", ou seja, se a pessoa continuar degustando continuadamente o mesmo sabor, irá se elevando gradativamente a capacidade de distinguir sutis diferenças desse sabor. Vemos isso, por exemplo, na elevada sensibilidade do paladar das pessoas que fazem a combinação de diversos grãos de café e dos provadores profissionais de vinho. Não há sen- sor científico que alcance essa sensibilidade, por mais alta que seja a tecnologia aplicada nele.
Além de tudo, o nosso paladar não tem apenas a função de degustar alimentos. Desempenha também uma importante função na manutenção da nossa saúde. Por exemplo, quando sentimos fadiga física, temos vontade natural de comer alimento doce, porque há necessidade de reabastecer nosso organismo com glicose, que é fonte de energia. E, para o sangue manter a sua função normal, é preciso que o nível de sal nele contido esteja equilibrado. Quando se reduz o nível de sal no sangue, nosso organismo requisita alimentos salgados.
Quando há carência de determinada vitamina em nosso organismo, sentimos vontade de comer alimentos que contenham essa vitamina. Ocorre isso porque há uma estreita ligação entre as diversas funções do nosso corpo com o paladar. Entretanto, esse sistema complexo ainda não foi elucidado, ou seja, o nosso paladar guarda um enigma tão primoroso e complexo que nem mesmo a ciência atual consegue desvendá-lo.
Apesar de sermos agraciados com esse primoroso sentido do paladar, se nos alimentarmos apressadamente, engolindo tudo, estaremos desperdiçando esse precioso tesouro. Se, porém, tomarmos as refeições com o sentimento de "consagrar oferenda a nosso Deus interior", agradecendo às dádivas do céu e da terra, sem dúvida, faremos novas descobertas a cada refeição.
GUSTAÇÃO (PALADAR)
Os receptores de paladar estão localizados
na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca
de 10.000), visíveis com lente de aumento. Existem quatro tipos de receptores
gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo,
salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da
língua. No desenho abaixo, os receptores estão representados pela cor amarela.
GUSTAÇÃO (PALADAR)
Paladar
O paladar é um dos cinco sentidos dos
animais. É uma capacidade que nos permite reconhecer os sabores de substâncias
colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que
reconhecem a substância e enviam a informação ao cérebro. Mas o tecto da boca
(o palato) também é sensível aos sabores.As papilas gustativas são estruturas compostas por células sensoriais que são capazes de discernir entre quatro sabores primários, o amargo, o ácido, o salgado e o doce. Cada substância excita um tipo de célula sensorial, que é o que determina a sua percepção de sabor.
Quando determinada substância não provoca reações sensitivas nos órgãos do paladar, diz-se que é insípida.
É de notar que o sabor não tem só que ver só com o paladar, mas também com o odor do que se tem na boca. É por isso que, quando estamos constipados, a comida nos parece sem sabor, embora o seu paladar continue presente.
Algumas teorias consideram um quinto sabor primário: o umami. Umami
é uma palavra japonesa que significa «saboroso» ou «com um bom sabor a carne» e se aplica à detecção de glutamatos, que se encontram sobretudo em carnes, queijo e outras comidas com muitas proteínas. Foram encontrados receptores de umami que, nomeadamente, explicam porque é que comida tratada com monoglutamato de sódio tem um sabor «melhor» ou «mais encorpado».
Língua e papilas gustativas
A língua apresenta duas superfícies
Superior ou dorsal - possui numerosas
rugosidades chamadas papilas. Inferior ou ventral - apresenta-se relativamente lisa.
As papilas gustativas são pequenas bolsas em nossa língua cheias de células sensoriais. Estas células estão ligadas ao nosso cérebro por fibras nervosas.
É necessário que as substâncias estejam dissolvidas em água para que possamos sentir os sabores.
É comum, mesmo em publicações científicas, ser referido que existe um «mapa do paladar» em que a cada área da língua está associado um determinado sabor. Essa ideia é fundamentalmente um mito [1]. Na realidade, as populações dos diversos tipos de papilas gustativas distribuem-se por toda a língua, embora de um modo não inteiramente uniforme, o que faz com que qualquer região da língua seja capaz de determinar qualquer dos sabores. O que de facto parece verificar-se é que a região mais perto da ponta da língua percebe melhor o sabor doce e salgado e a parte que fica na parte de trás percebe melhor o sabor amargo.
A intensidade da percepção dos sabores
depende:
- Do número de papilas;
- Da penetração da substância no interior das mesmas;
- Da natureza, concentração, capacidade ionizante e composição química
da substância.
A velocidade da percepção é também variável para cada um dos sabores (um quarto de segundo para o salgado e dois segundos para o amargo). O tempo de percepção de cada solução gustativa (cloreto de sódio, por exemplo) muda sempre da mesma forma sempre que alguma variável se altera, mantendo-se constantes as demais. O tempo de percepção é inversamente proporcional a qualquer uma das seguintes condições:
Pressão, Concentração, Temperatura e Área
estimulada.
O sentido do paladar (a gustação) nos dá
informações sobre certas substâncias dissolvidas nos alimentos. Por meio do
paladar, percebemos centenas de gostos diferentes e reconhecemos diversos tipos
de alimento. Podemos identificar, por exemplo, alimentos ricos em açúcares e
evitar alimentos estragados ou substâncias venenosas. Mas, assim como em
relação ao cheiro, nem todas as substâcias prejudiciais podem ser identificadas
pelo paladar.Na parte de cima da língua, há pequenas elevações que podem ser vistas a olho nu, as papilas. Cada papila contém cerca de duzentas células sensitivas, os botões gustativos, que só podem ser vistos com auxílio de microscópio. Na língua há cerca de nove mil botões gustativos.
Quando os botões gustativos são estimulados por partículas de alimento, eles enviam mensagens para o sistema nervoso. Este, por sua vez traduz as mensagens nas sensações de sabor.
Com os botões gustativos, percebemos quatro tipos de sensações fundamentais: doce, salgado, amargo e azedo. O sabor de um alimento envolve não apenas uma combinação dos quatro, como também o cheiro e a textura do alimento.
Curiosidades
Você sabia que um chiclete perde o sabor
pela falta do açúcar e não da essência do seu sabor? Cientistas estudaram a
forma como o cérebro interpreta o sabor dos alimentos através da ingestão
constante de um líquido composto pela mistura de sabor (essência) e o açúcar.
Conforme os voluntários bebiam a mistura, os cientistas iam reduzindo ou até
eliminando um dos componentes. O que foi descoberto é que ao remover o sabor
mas manter o açúcar, o cérebro continua sentindo o gosto do alimento. Mas
quando o oposto foi feito, retirando o açúcar e só deixando o sabor, os
voluntários acusavam falta de sabor do líquido.
Audição e Equilíbrio
O
aparelho auditivo tem função estatoacústica (manutenção do equilíbrio e
audição).
Este
aparelho pode dividir-se em três partes:
Ouvido externo --- recebe as ondas sonoras
Ouvido médio --- onde, as ondas são
transformadas em vibrações mecânicas e transmitidas ao ouvido interno
Ouvido interno --- onde as vibrações
estimulam os receptores e sofrem transdução para impulsos nervosos que vão
alcançar o sistema nervoso central no nervo acústico.
O
ouvido interno ou labirinto também tem estruturas vestibulares, que são
altamente especializadas para o sentido do equilíbrio. É uma estrutura complexa
formada por uma série de sacos membranosos cheios de líquido.
Ao conjunto de canais e cavidades limitadas por
tecido ósseo chama-se labirinto ósseo onde se encontram uma série de estruturas
membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas (labirinto membranoso).
O
labirinto membranoso é formado principalmente por epitélio de revestimento
pavimentoso, circundado por uma fina camada de tecido conjuntivo.
O labirinto ósseo apresenta uma parte anterior, a
cóclea ou caracol, relacionado com a audição e uma parte posterior relacionada
com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo (constituído pelo sáculo e o utrículo) e canais
semi-circulares.
A
cóclea ou caracol é uma estrutura altamente especializada como órgão receptor
de sons. Tem forma de um canal de paredes ósseas enrolado em forma de caracol.
A cóclea enrola-se em torno de um tecido ósseo esponjoso (modíolo), o qual
contém no seu interior um gânglio nervoso (gânglio espiral).
O sáculo
e o utrículo são constituídos por epitélio simples pavimentoso, recoberto por
uma fina camada de tecido conjuntivo, no qual partem fibras trabéculas para o
periósteo que reveste o vetíbulo. O interior do sáculo e do utrículo apresenta
pequenas regiões de epitélio espessado e diferenciado em neuroepitélio, as
máculas (receptor), onde terminam ramos do nervo vestibular.
As máculas são formadas pelas células de sustentação
e as receptoras ou sensoriais. As células receptoras apresentam dois tipos
celulares, ambos contendo na superfície longos prolongamentos do tipo dos
estereocílios, além de um cílio típico com seu corpúsculo basal. Essas células
são conhecidas como “células com pêlos”. Um dos tipos de célula sensorial tem
forma de cálice e apresenta-se rodeada por uma rede de terminações nervosas
aferentes. O outro tipo é cilíndrico e mostra terminações nervosas aferentes e
eferentes. Entre as células receptoras encontram-se as células de sustentação,
cilíndricas, com seus núcleos com região basal e microvilosidades na superfície
apical.
Nos
ductos semicirculares mais especificamente nas ampolas (onde se encontram as
áreas receptoras), são constituídas por formações alongadas de neuroepitéio
chamadas cristas ampulares (receptor). Essas cristas apresentam estrutura
parecida com a das máculas, só que a camada glicoprotéica apresenta-se mais
espessa formando uma espécie de capuz cónico, a cúpula.
O último
receptor é o órgão espiral de corti, sensível às vibrações induzidas pelas
ondas sonoras. Possui células sensoriais que estão em contacto com a membrana
tectória e limita um espaço, o túnel espiral interno. Formando a parede lateral
desse túnel nota-se uma camada de células sensoriais internas ou de “pêlos”.
Após o túnel observa-se células de sustentação, formando as células pilares e
finalmente três fileiras de células sensoriais externas.
As
células sensoriais internas têm forma de cálice, com estereocílio modificado da
sua superfície livre e mitocôndrias na região basal. Também tem terminações
nervosas aferentes e eferentes.
As
células sensoriais externas são alongadas, possuindo estereocílios modificados,
regiões com acumulações de mitocôndrias e estão em contacto com o nervo
coclear. Nenhum dos dois tipos tem cílios típicos como os que existem nas
células da mácula.
olfacto
Os quimiorreceptores do olfacto
encontram-se localizados numa área especializada da mucosa do tecto da cavidade
nasal, o epitélio olfactivo
Esse epitélio é do tipo colunar,
pseudo-estratificado, formado por três tipos celulares:
As células de sustentação são
prismáticas, largas no seu ápice e mais estreitas na sua base; apresentam, na
sua superfície, microvilosidades que se projectam para dentro da camada de muco
que cobre o epitélio. Essas células têm um pigmento acastanhado que é
responsável pela cor marrom da mucosa olfactiva. As células basais são
pequenas, arredondadas ou cónicas e formam uma camada única na região basal do
epitélio, entre as células olfactivas e as de sustentação; são as células-fonte
do epitélio olfactivo. As células olfactivas são neurónios bipolares que
se distribuem entre as células de sustentação. Na sua extremidade observa-se
uma dilatação, de onde partem cílios. Esses cílios são longos, não têm
movimento e são considerados os verdadeiros receptores, isto é, a porção
celular excitável pelo contacto com uma substância odorífera. O segmento
proximal de cada cílio mostra axonemas usuais com nove pares mais dois
microtúbulos. Porém, a parte distal possui apenas microtúbulos isolados. A
presença dos cílios amplia enormemente a superfície receptora. Os axónios
provenientes desses neurónios reúnem-se em pequenos feixes, dirigindo-se ao
sistema nervoso central.
Na lâmina própria dessa mucosa observam-se
glândulas ramificadas do tipo tubuloalveolar com células P.A.S.-positivas, as
glândulas de Bowman. Os ductos dessas glândulas desembocam na superfície
epitelial, e admite-se que o produto de secreção promova uma contínua corrente
líquida, que lavaria permanentemente a porção apical das células olfactivas.
Seriam removidos, desta maneira, restos dos compostos que estimulam o olfacto,
mantendo os receptores prontos para novos estímulos.
Sistema endocrino y hormonas
Todas las funciones del organismo se encuentran reguladas por dos sistemas de control fundamental: 1) el nervioso, y 2) el hormonal o sistema endocrino. En general, el sistema endocrino se relaciona sobre todo con las diversas funciones metabólicas del organismo. Por otra parte, existen múltiples interrelaciones entre estos dos sistemas. Por ejemplo, la médula suprarrenal y la hipófisis posterior secretan sus hormonas sólo como respuesta a estímulos nerviosos. A su vez, las diferentes hormonas hipofisarias controlan el funcionamiento de la mayor parte de las glándulas endocrinas.

El sistema endocrino está formado por un grupo de órganos llamados glándulas de secreción interna cuya función principal consiste en producir hormonas y secretarlas al flujo sanguíneo. La función de las hormonas consiste en actuar como mensajeros, de forma que se coordinen las actividades de diferentes partes del organismo.
Los órganos principales del sistema endocrino son el
hipotálamo, la hipófisis (glándula pituitaria), la glándula tiroides, las
glándulas paratiroides, los islotes del páncreas, las glándulas suprarrenales,
los testículos y los ovarios. Durante el embarazo, la placenta actúa como una
glándula endocrina además de cumplir con sus otras funciones específicas.
A veces, la hipófisis es también llamada “glándula
regidora”, porque coordina muchas funciones de las demás glándulas endocrinas.
Algunas hormonas hipofisarias tienen efectos directos, otras solamente
controlan la velocidad con la que diversos órganos endocrinos secretan sus
hormonas. La hipófisis controla la tasa de secreción de sus propias hormonas a
través de un mecanismo conocido como “retroalimentación”, en el cual los
valores en la sangre de otras hormonas indican a la hipófisis si debe disminuir
o aumentar su producción. No todas las glándulas endocrinas están bajo el
control de la hipófisis; algunas responden de forma directa o indirecta a las
concentraciones de sustancias en la sangre:
Muchos órganos secretan hormonas o sustancias
semejantes a hormonas, pero generalmente no son considerados como parte
integrante del sistema endocrino. Algunos de estos órganos producen sustancias
que actúan únicamente en las zonas más cercanas al punto de su liberación,
mientras que otros no secretan sus productos dentro del flujo sanguíneo. Por
ejemplo, el cerebro produce muchas hormonas cuyos efectos están limitados al
sistema nervioso principalmente.
Hormonas
Las hormonas son sustancias que, liberadas dentro del flujo sanguíneo
desde una glándula u órgano, regulan la actividad de las células en otras zonas
del organismo. La mayoría son proteínas compuestas de cadenas de aminoácidos de
longitud variable. Otras son esteroides, sustancias grasas derivadas del
colesterol. Su característica fundamental es que en pequeñas concentraciones
pueden provocar efectos notables en el organismo.
Las hormonas se adhieren a los receptores que están sobre la superficie
de la célula o dentro de ella. La unión con un receptor aumenta, disminuye o
altera de alguna otra forma la velocidad del funcionamiento de la célula.
Finalmente, las hormonas controlan el funcionamiento de órganos enteros.
También regulan el crecimiento, el desarrollo, la reproducción y las
características sexuales. Por otro lado, influyen en la manera en que el cuerpo
utiliza y almacena la energía, y también controlan el volumen de líquidos y las
concentraciones de sal y azúcar en la sangre. Algunas hormonas afectan a uno o
dos órganos, mientras que otras tienen efectos generales.
La mayor parte de las hormonas de acción general son secretadas por
glándulas endocrinas específicas. Por ejemplo, la adrenalina y noradrenalina
son secretadas por la glándula suprarrenal como reacción a la estimulación del
sistema nervios simpático. Estas hormonas, cuando son liberadas a la
circulación general, llegan a todos los tejidos del organismo produciendo
reacciones muy diferentes, en especial contracción de los vasos sanguíneos y
aumento de la presión arterial.
Algunas de las hormonas generales afectan todas o casi todas las células
del organismo. Así, la hormona del crecimiento de la hipófisis anterior hace
crecer todas o casi todas las partes del cuerpo, y las hormonas tiroideas,
producidas en la glándula tiroides, incrementan la magnitud de la mayor parte
de las reacciones químicas en casi todas las células corporales.
Sin embargo, otras hormonas afectan sólo a tejidos determinados. Por
ejemplo, la adrenocorticotropina de la hipófisis anterior estimula de manera
específica la corteza suprarrenal y la hace secretar las hormonas
corticosuprarrenales, mientras que las hormonas ováricas tienen efectos
específicos sobre los órganos sexuales femeninos y sobre los caracteres
sexuales secundarios del cuerpo de la mujer.
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Las hormonas más importantes secretadas por las principales glándulas
endocrinas son las siguientes:
Hormonas de la hipófisis anterior
1. Hormona del crecimiento. Produce crecimiento de casi todas las
células y tejidos del cuerpo.
2. Adrenocorticotropina. Hace que la corteza suprarrenal secrete
hormonas corticosuprarrenales.
3. Hormona estimulante del tiroides. Hace que la glándula tiroides
secrete tiroxina y triyodotironina.
4. Hormona folículo-estimulante (FSH). Causa crecimiento de los
folículos ováricos ante de la ovulación y fomenta la formación de
espermatozoides en el testículo.
5. Hormona luteinizante (LH). Desempeña una función muy importante para
inducir la ovulación; hace que los ovarios secreten hormonas sexuales femeninas
y que los testículos secreten testosterona.
6. Prolactina. Fomenta el desarrollo de las mamas y la secreción de
leche.
Hormonas de la hipófisis posterior
1. Hormona antidiurética. También llamada vasopresina. Hace que los riñones
retengan agua, incrementando así su contenido en el organismo. En grandes
concentraciones produce vasoconstricción y eleva la presión arterial.
2. Oxitocina. Produce contracción del útero durante el parto, con
lo que ayuda a la expulsión del feto. También hace que se expulse la leche de
las mamas cuando el bebé succiona.
Corteza suprarrenal
1. Cortisol. Tiene múltiples funciones para regular el metabolismo de
proteínas, carbohidratos y grasas.
2. Aldosterona. Reduce la excreción renal de sodio y aumenta la de
potasio, elevando el contenido de sodio en el organismo y disminuyendo el de
potasio.
Glándula tiroides
1. Tiroxina y triyodotironina. Incrementan la magnitud de las reacciones
químicas en casi todas las células del cuerpo. De esta manera elevan el nivel
general del metabolismo corporal.
2. Calcitonina. Fomenta el depósito de calcio en los huesos y, por
tanto, disminuye la concentración de éste en el líquido extracelular.
Islotes de Langerhans del páncreas
1. Insulina. Fomenta la entrada de glucosa en la mayor parte de las
células del cuerpo y de esta manera regula el metabolismo de casi todos los
carbohidratos.
2. Glucagón. Aumenta la liberación de glucosa desde el hígado hacia los
líquidos corporales.
Ovario
1. Estrógenos. Estimula el desarrollo de los órganos sexuales femeninos,
las mamas y diversos caracteres sexuales secundarios. Su secreción está
controlada por la hormona folículo-estimulante.
2. Progesterona. Su función principal es la de preparar el endometrio
uterino para la anidación del óvulo fecundado. Ayuda a fomentar el desarrollo
del aparato secretor de las mamas.
Testículo
1. Testosterona. Estimula el crecimiento de los órganos sexuales
masculinos, fomenta también el desarrollo de los caracteres sexuales en el
varón.
Glándula paratiroides
1. Parathormona. Regula la concentración de iones de calcio en el
espacio extracelular al regular: a) la absorción de calcio desde el intestino,
b) la excreción de calcio por el riñón, c) la liberación de calcio desde los
huesos.
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