sábado, 5 de setembro de 2015

GUSTAÇÃO (PALADAR)

Os sentidos gustativo e olfativo são chamados sentidos químicos, porque seus receptores são excitados por estimulantes químicos. Os receptores gustativos são excitados por substâncias químicas existentes nos alimentos, enquanto que os receptores olfativos são excitados por substâncias químicas do ar. Esses sentidos trabalham conjuntamente na percepção dos sabores. O centro do olfato e do gosto no cérebro combina a informação sensorial da língua e do nariz.
O receptor sensorial do paladar é a papila gustativa. É constituída por células epiteliais localizadas em torno de um poro central na membrana mucosa basal da língua. Na superfície de cada uma das células gustativas observam-se prolongamentos finos como pêlos, projetando-se em direção da cavidade bucal; são chamados microvilosidades. Essas estruturas fornecem a superfície receptora para o paladar.
Observa-se entre as células gustativas de uma papila uma rede com duas ou três fibras nervosas gustativas, as quais são estimuladas pelas próprias células gustativas. Para que se possa sentir o gosto de uma substância, ela deve primeiramente ser dissolvida no líquido bucal e difundida através do poro gustativo em torno das microvilosidades. Portanto substâncias altamente solúveis e difusíveis, como sais ou outros compostos que têm moléculas pequenas, geralmente fornecem graus gustativos mais altos do que substâncias pouco solúveis difusíveis, como proteínas e outras que possuam moléculas maiores.
 
A gustação é primariamente uma função da língua, embora regiões da faringe, palato e epiglote tenham alguma sensibilidade. Os aromas da comida passam pela faringe, onde podem ser detectados pelos receptores olfativos.

As Quatro Sensações Gustativas-Primárias

Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários, aos quais chamamos sensações gustativas primárias: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.

1.Papilas circunvaladas
2.Papilas fungiformes
3. Papilas filiformes
Até os últimos anos acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes de papila gustativa, cada qual detectando uma das sensações gustativas primárias particular. Sabe-se agora que todas as papilas gustativas possuem alguns graus de sensibilidade para cada uma das sensações gustativas primárias. Entretanto, cada papila normalmente tem maior grau de sensibilidade para uma ou duas das sensações gustativas.
O cérebro detecta o tipo de gosto pela relação (razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora outras papilas tenham sido estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo.

O sabor diferente das comidas

Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores básicos, ajudando a torná-la única. Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro, percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades sensoriais também contribuem com a experiência gustativa, como a textura e a temperatura dos alimentos. A sensação de dor também é essencial para sentirmos o sabor picante e estimulante das comidas apimentadas.

REGULAÇÃO DA DIETA PELAS SENSAÇÕES GUSTATIVAS

As sensações gustativas obviamente auxiliam na regulação da dieta. Por exemplo, o sabor doce é normalmente agradável, o que faz com que um animal procure preferentemente alimentos doces. Por outro lado, o gosto amargo é geralmente desagradável, fazendo com que os alimentos amargos, que geralmente são venenosos, sejam rejeitados. O gosto ácido é muitas vezes desagradável, o mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O prazer sentido com os diferentes tipos de gosto é determinado normalmente pelo estado de nutrição momentâneo do organismo. Se uma pessoa está há muito sem ingerir sal, por motivos ainda não conhecidos, a sensação salgada torna-se extremamente agradável.
Caso a pessoa tenha ingerido sal em excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo acontece com o gosto ácido e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a qualidade da dieta é automaticamente modificada de acordo com as necessidades do organismo. Isto é, a carência de um determinado tipo de nutriente geralmente intensifica uma ou mais sensações gustativas e faz com que a pessoa procure alimentos que possuam o gosto característico do alimento de que carece.

IMPORTÂNCIA DO OLFATO NO PALADAR

Muito do que chamamos gosto é, na verdade, olfato, pois os alimentos, ao penetrarem na boca, liberam odores que se espalham pelo nariz. Normalmente, a pessoa que está resfriada afirma não sentir gosto, mas, ao testar suas quatro sensações gustativas primárias, verifica-se que estão normais.
As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando no controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos.

TRANSMISSÃO DE ESTÍMULOS AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

As vias de transmissão dos estímulos gustativos ao tronco cerebral e daí ao córtex cerebral. Os estímulos passam das papilas gustativas na boca ao tracto solitário, localizado na medula oblonga (bulbo). Em seguida, os estímulos são transmitidos ao tálamo; do tálamo passam ao córtex gustativo primário e, subseqüentemente, às áreas associativas gustativas circundantes e à região integrativa comum que é responsável pela integração de todas as sensações.

REFLEXOS GUSTATIVOS

Uma das funções do aparelho gustativo é fornecer reflexos às glândulas salivares da boca. Para tanto, estímulos são transmitidos do tracto solitário, no cérebro, aos núcleos vizinhos que controlam a secreção das glândulas salivares. Quando o alimento é ingerido, o tipo de sensação gustativa, atuando através desses reflexos, ajuda a determinar se a secreção salivar deverá ser grande ou pequena.
GUSTAÇÃO (PALADAR)
A sensibilidade se deve à mucosa da língua e a sensibilidade propiceptiva dos músculos da língua se deve a três nervos:
a) nervo lingual: é uma ramificação do trigêmino ou quinto par para os dois terços anteriores da língua.
b) nervo glosofaríngeo: é o nono par para a base da língua.
c) nervo laríngeo superior: é uma ramificação do neumogástrico décimo par para as pregas glosoepiglóticas. Estes nervos transmitem as sensações de contato de temperatura e de posição, assim como as impressões gustativas que permitem apreciar a qualidade e o sabor dos alimentos sólidos ou líquidos introduzidos na cavidade bucal.
O estudo anatômico do sistema sensorial digestivo compreende três partes:
a) Os órgãos receptores que são as papilas linguais que contém os botões gustativos; estes botões também existem na mucosa do véu do paladar, nos capilares do véu, no epiglóte e nos lábios contidos na capa epitelial das papilas calissiformes e fungiformes. Estes botões têm forma oval ,com a base apoiada sobre o colón e uma extremidade afilada; esta apresenta um orifício que é o foro gustativo, de onde escapam as silias gustativas captoras das impressões gustativas.
b) As vias gustativas compreendem três neurônios: a periférica ou protoneurona, a entral e a terminal. A protoneurona é a que capta as sensações das papilas da língua.
c) Centros gustativos do sistema nervoso central: ainda existe certa imprecisão na sua definição. O centro principal se assenta no uncus* do hipocampo, vem na frente dessa circunvolução. A área gustativa estaria aqui muito próxima aos centros de olfação: descreve-se igualmente outro centro gustativo na circunvolução parietal ascendente. O outro descrito no hipocampo seria uma formação de arquipaleo, o que corresponde ao caráter primitivo deste meio de comunicação com o mundo exterior. Pelo contrário, o centro da parietal ascendente (niopálio) corresponde a uma região mais evolucionada do cérebro e seu valor sensorial é discutido.

Um sistema primoroso ainda não desvendado

Japão vive atualmente um boom gastronômico jamais visto. As revistas publicam amplas matérias sobre gastronomia, e todas as emissoras de televisão transmitem programas relacionados com o assunto.
E, em Tóquio, concentram-se restaurantes de comida típica de todos os países do mundo, de tal modo que não é exagero dizer: "Não há prato que não seja possível degustar em Tóquio". Começando, logicamente, pelos pratos japoneses, pode-se saborear comida chinesa, culinária de todos os países do Ocidente, não sendo mais novidade os restaurantes especializados em cozinha da América do Sul, do Sudeste da Ásia e também da África.
Conseguimos saborear esses variados pratos porque possuímos o paladar. Graças ao paladar que o homem possui, nasceram os mais diversos métodos culinários e as mais variadas iguarias, e assim se desenvolveu a cultura gastronômica.
Se não possuíssemos o paladar, as refeições seriam literalmente insípidas e enfadonhas, que apenas serviriam para repor pela boca a energia e os elementos necessários ao nosso corpo. Não haveria diferença alguma do ato de colocar combustível no carro. O ato de comer perderia todo encanto, transformando-se em simples ato fisiológico que em nada difereria do ato de defecar.
Acabariam as reuniões familiares em tomo da mesa de refeições, e ninguém iria despertar de manhã sentindo o aroma da sopa de soja, no Brasil, o aroma do café, preparada pela mãe.
Normalmente, achamos muito natural que tenhamos a faculdade de sentir o sabor dos alimentos, mas, pensando melhor, notamos que isso enriquece muito a nossa vida.
Se conseguimos ter paladar é porque a superfície da nossa língua está coberta de papilas, que são receptores sensoriais especializados em sentir sabor. As papilas são formadas por dezenas de células gustativas, agrupadas em forma de botão, e essas células distinguem o sabor.
As células gustativas reconhecem os sabores doce, azedo, salgado e amargo, que a fisiologia os denomina de sabores básicos. A esses sabores se acrescentam a sensação da temperatura, da textura, da dor e, assim, conseguimos nos deleitar com a harmonia dos diversos sabores.
A sensibilidade dessas células gustativas é extremamente apurada e distingue a diferença de estrutura da matéria no nível molecular. Por exemplo, sentimos que o açúcar é doce, mas uma ínfima diferença de estrutura química do alimento nos faz sentir um sabor doce diferente.
Se formos analisar a diferença da estrutura molecular por meio de recursos químicos, teremos de repetir experiências em diversos níveis.
É de se espantar que as células gustativas detectem instantaneamente a diferença das estruturas químicas dos alimentos que, sendo transmitida ao cérebro através do nervo lingual, nos faz sentir diversos sabores.
É também do conhecimento geral que o paladar possui "faculdade de aprender", ou seja, se a pessoa continuar degustando continuadamente o mesmo sabor, irá se elevando gradativamente a capacidade de distinguir sutis diferenças desse sabor. Vemos isso, por exemplo, na elevada sensibilidade do paladar das pessoas que fazem a combinação de diversos grãos de café e dos provadores profissionais de vinho. Não há sen- sor científico que alcance essa sensibilidade, por mais alta que seja a tecnologia aplicada nele.
Além de tudo, o nosso paladar não tem apenas a função de degustar alimentos. Desempenha também uma importante função na manutenção da nossa saúde. Por exemplo, quando sentimos fadiga física, temos vontade natural de comer alimento doce, porque há necessidade de reabastecer nosso organismo com glicose, que é fonte de energia. E, para o sangue manter a sua função normal, é preciso que o nível de sal nele contido esteja equilibrado. Quando se reduz o nível de sal no sangue, nosso organismo requisita alimentos salgados.
Quando há carência de determinada vitamina em nosso organismo, sentimos vontade de comer alimentos que contenham essa vitamina. Ocorre isso porque há uma estreita ligação entre as diversas funções do nosso corpo com o paladar. Entretanto, esse sistema complexo ainda não foi elucidado, ou seja, o nosso paladar guarda um enigma tão primoroso e complexo que nem mesmo a ciência atual consegue desvendá-lo.
Apesar de sermos agraciados com esse primoroso sentido do paladar, se nos alimentarmos apressadamente, engolindo tudo, estaremos desperdiçando esse precioso tesouro. Se, porém, tomarmos as refeições com o sentimento de "consagrar oferenda a nosso Deus interior", agradecendo às dádivas do céu e da terra, sem dúvida, faremos novas descobertas a cada refeição.
GUSTAÇÃO (PALADAR)
Os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca de 10.000), visíveis com lente de aumento. Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua. No desenho abaixo, os receptores estão representados pela cor amarela.
O sabor dos alimentos não é produzido apenas pela estimulação das células gustativas, mas também pelas células olfativas. É por isso que quando o sentido do olfato é prejudicado por um forte resfriado, por exemplo, a percepção do paladar diminui.
GUSTAÇÃO (PALADAR)

Paladar

O paladar é um dos cinco sentidos dos animais. É uma capacidade que nos permite reconhecer os sabores de substâncias colocadas sobre a língua. Na língua, existem as papilas gustativas que reconhecem a substância e enviam a informação ao cérebro. Mas o tecto da boca (o palato) também é sensível aos sabores.
As papilas gustativas são estruturas compostas por células sensoriais que são capazes de discernir entre quatro sabores primários, o amargo, o ácido, o salgado e o doce. Cada substância excita um tipo de célula sensorial, que é o que determina a sua percepção de sabor.
Quando determinada substância não provoca reações sensitivas nos órgãos do paladar, diz-se que é insípida.
É de notar que o sabor não tem só que ver só com o paladar, mas também com o odor do que se tem na boca. É por isso que, quando estamos constipados, a comida nos parece sem sabor, embora o seu paladar continue presente.
Algumas teorias consideram um quinto sabor primário: o umami. Umami
é uma palavra japonesa que significa «saboroso» ou «com um bom sabor a carne» e se aplica à detecção de glutamatos, que se encontram sobretudo em carnes, queijo e outras comidas com muitas proteínas. Foram encontrados receptores de umami que, nomeadamente, explicam porque é que comida tratada com monoglutamato de sódio tem um sabor «melhor» ou «mais encorpado».

Língua e papilas gustativas

A língua apresenta duas superfícies
Superior ou dorsal - possui numerosas rugosidades chamadas papilas.
Inferior ou ventral - apresenta-se relativamente lisa.

As papilas gustativas são pequenas bolsas em nossa língua cheias de células sensoriais. Estas células estão ligadas ao nosso cérebro por fibras nervosas.
É necessário que as substâncias estejam dissolvidas em água para que possamos sentir os sabores.
É comum, mesmo em publicações científicas, ser referido que existe um «mapa do paladar» em que a cada área da língua está associado um determinado sabor. Essa ideia é fundamentalmente um mito [1]. Na realidade, as populações dos diversos tipos de papilas gustativas distribuem-se por toda a língua, embora de um modo não inteiramente uniforme, o que faz com que qualquer região da língua seja capaz de determinar qualquer dos sabores. O que de facto parece verificar-se é que a região mais perto da ponta da língua percebe melhor o sabor doce e salgado e a parte que fica na parte de trás percebe melhor o sabor amargo.

A intensidade da percepção dos sabores depende:

  • Do número de papilas;
  • Da penetração da substância no interior das mesmas;
  • Da natureza, concentração, capacidade ionizante e composição química da substância.
Os fenômenos químicos da gustação apresentam aspectos bastante curiosos. Todos os ácidos minerais têm o mesmo gosto, enquanto certos ácidos orgânicos, como o tartárico, o acético e o cítrico, têm paladares particulares. Corpos químicos inteiramente distintos podem ter o mesmo gosto, como a sacarina e o açúcar. Às vezes, basta uma pequena alteração na estrutura atômica para transformar uma substância doce em amarga.
A velocidade da percepção é também variável para cada um dos sabores (um quarto de segundo para o salgado e dois segundos para o amargo). O tempo de percepção de cada solução gustativa (cloreto de sódio, por exemplo) muda sempre da mesma forma sempre que alguma variável se altera, mantendo-se constantes as demais. O tempo de percepção é inversamente proporcional a qualquer uma das seguintes condições:

Pressão, Concentração, Temperatura e Área estimulada.

O sentido do paladar (a gustação) nos dá informações sobre certas substâncias dissolvidas nos alimentos. Por meio do paladar, percebemos centenas de gostos diferentes e reconhecemos diversos tipos de alimento. Podemos identificar, por exemplo, alimentos ricos em açúcares e evitar alimentos estragados ou substâncias venenosas. Mas, assim como em relação ao cheiro, nem todas as substâcias prejudiciais podem ser identificadas pelo paladar.
Na parte de cima da língua, há pequenas elevações que podem ser vistas a olho nu, as papilas. Cada papila contém cerca de duzentas células sensitivas, os botões gustativos, que só podem ser vistos com auxílio de microscópio. Na língua há cerca de nove mil botões gustativos.
Quando os botões gustativos são estimulados por partículas de alimento, eles enviam mensagens para o sistema nervoso. Este, por sua vez traduz as mensagens nas sensações de sabor.
Com os botões gustativos, percebemos quatro tipos de sensações fundamentais: doce, salgado, amargo e azedo. O sabor de um alimento envolve não apenas uma combinação dos quatro, como também o cheiro e a textura do alimento.

Curiosidades

Você sabia que um chiclete perde o sabor pela falta do açúcar e não da essência do seu sabor? Cientistas estudaram a forma como o cérebro interpreta o sabor dos alimentos através da ingestão constante de um líquido composto pela mistura de sabor (essência) e o açúcar. Conforme os voluntários bebiam a mistura, os cientistas iam reduzindo ou até eliminando um dos componentes. O que foi descoberto é que ao remover o sabor mas manter o açúcar, o cérebro continua sentindo o gosto do alimento. Mas quando o oposto foi feito, retirando o açúcar e só deixando o sabor, os voluntários acusavam falta de sabor do líquido.

Audição e Equilíbrio
 O aparelho auditivo tem função estatoacústica (manutenção do equilíbrio e audição).
     Este aparelho pode dividir-se em três partes:
    Ouvido externo --- recebe as ondas sonoras
    Ouvido médio --- onde, as ondas são transformadas em vibrações mecânicas e transmitidas ao ouvido interno
    Ouvido interno --- onde as vibrações estimulam os receptores e sofrem transdução para impulsos nervosos que vão alcançar o sistema nervoso central no nervo acústico.
     O ouvido interno ou labirinto também tem estruturas vestibulares, que são altamente especializadas para o sentido do equilíbrio. É uma estrutura complexa formada por uma série de sacos membranosos cheios de líquido.
Ao conjunto de canais e cavidades limitadas por tecido ósseo chama-se labirinto ósseo onde se encontram uma série de estruturas membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas (labirinto membranoso).
    O labirinto membranoso é formado principalmente por epitélio de revestimento pavimentoso, circundado por uma fina camada de tecido conjuntivo.
O labirinto ósseo apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol, relacionado com a audição e uma parte posterior relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo (constituído pelo sáculo e o utrículo) e canais semi-circulares.
     A cóclea ou caracol é uma estrutura altamente especializada como órgão receptor de sons. Tem forma de um canal de paredes ósseas enrolado em forma de caracol. A cóclea enrola-se em torno de um tecido ósseo esponjoso (modíolo), o qual contém no seu interior um gânglio nervoso (gânglio espiral).
    O sáculo e o utrículo são constituídos por epitélio simples pavimentoso, recoberto por uma fina camada de tecido conjuntivo, no qual partem fibras trabéculas para o periósteo que reveste o vetíbulo. O interior do sáculo e do utrículo apresenta pequenas regiões de epitélio espessado e diferenciado em neuroepitélio, as máculas (receptor), onde terminam ramos do nervo vestibular.
     As máculas são formadas pelas células de sustentação e as receptoras ou sensoriais. As células receptoras apresentam dois tipos celulares, ambos contendo na superfície longos prolongamentos do tipo dos estereocílios, além de um cílio típico com seu corpúsculo basal. Essas células são conhecidas como “células com pêlos”. Um dos tipos de célula sensorial tem forma de cálice e apresenta-se rodeada por uma rede de terminações nervosas aferentes. O outro tipo é cilíndrico e mostra terminações nervosas aferentes e eferentes. Entre as células receptoras encontram-se as células de sustentação, cilíndricas, com seus núcleos com região basal e microvilosidades na superfície apical.
     Nos ductos semicirculares mais especificamente nas ampolas (onde se encontram as áreas receptoras), são constituídas por formações alongadas de neuroepitéio chamadas cristas ampulares (receptor). Essas cristas apresentam estrutura parecida com a das máculas, só que a camada glicoprotéica apresenta-se mais espessa formando uma espécie de capuz cónico, a cúpula.
    O último receptor é o órgão espiral de corti, sensível às vibrações induzidas pelas ondas sonoras. Possui células sensoriais que estão em contacto com a membrana tectória e limita um espaço, o túnel espiral interno. Formando a parede lateral desse túnel nota-se uma camada de células sensoriais internas ou de “pêlos”. Após o túnel observa-se células de sustentação, formando as células pilares e finalmente três fileiras de células sensoriais externas.
     As células sensoriais internas têm forma de cálice, com estereocílio modificado da sua superfície livre e mitocôndrias na região basal. Também tem terminações nervosas aferentes e eferentes.
     As células sensoriais externas são alongadas, possuindo estereocílios modificados, regiões com acumulações de mitocôndrias e estão em contacto com o nervo coclear. Nenhum dos dois tipos tem cílios típicos como os que existem nas células da mácula.


olfacto
Os quimiorreceptores do olfacto encontram-se localizados numa área especializada da mucosa do tecto da cavidade nasal, o epitélio olfactivo
     Esse epitélio é do tipo colunar, pseudo-estratificado, formado por três tipos celulares:
     As células de sustentação são prismáticas, largas no seu ápice e mais estreitas na sua base; apresentam, na sua superfície, microvilosidades que se projectam para dentro da camada de muco que cobre o epitélio. Essas células têm um pigmento acastanhado que é responsável pela cor marrom da mucosa olfactiva. As células basais são pequenas, arredondadas ou cónicas e formam uma camada única na região basal do epitélio, entre as células olfactivas e as de sustentação; são as células-fonte do epitélio olfactivo. As células olfactivas são neurónios bipolares que se distribuem entre as células de sustentação. Na sua extremidade observa-se uma dilatação, de onde partem cílios. Esses cílios são longos, não têm movimento e são considerados os verdadeiros receptores, isto é, a porção celular excitável pelo contacto com uma substância odorífera. O segmento proximal de cada cílio mostra axonemas usuais com nove pares mais dois microtúbulos. Porém, a parte distal possui apenas microtúbulos isolados. A presença dos cílios amplia enormemente a superfície receptora. Os axónios provenientes desses neurónios reúnem-se em pequenos feixes, dirigindo-se ao sistema nervoso central. 
     Na lâmina própria dessa mucosa observam-se glândulas ramificadas do tipo tubuloalveolar com células P.A.S.-positivas, as glândulas de Bowman. Os ductos dessas glândulas desembocam na superfície epitelial, e admite-se que o produto de secreção promova uma contínua corrente líquida, que lavaria permanentemente a porção apical das células olfactivas. Seriam removidos, desta maneira, restos dos compostos que estimulam o olfacto, mantendo os receptores prontos para novos estímulos.



Sistema endocrino y hormonas
Todas las funciones del organismo  se encuentran reguladas por dos sistemas de control fundamental: 1) el nervioso, y 2) el hormonal o sistema endocrino. En general, el sistema endocrino se relaciona sobre todo con las diversas funciones metabólicas del organismo. Por otra parte, existen múltiples interrelaciones entre estos dos sistemas. Por ejemplo, la médula suprarrenal y la hipófisis posterior secretan sus hormonas sólo como respuesta a estímulos nerviosos. A su vez, las diferentes hormonas hipofisarias controlan el funcionamiento de la mayor parte de las glándulas endocrinas.












El sistema endocrino está formado por un grupo de órganos llamados glándulas de secreción interna cuya función  principal consiste en producir hormonas y secretarlas al flujo sanguíneo. La función de las hormonas consiste en actuar como mensajeros, de forma que se coordinen las actividades de diferentes partes del organismo.
Los órganos principales del sistema endocrino son el hipotálamo, la hipófisis (glándula pituitaria), la glándula tiroides, las glándulas paratiroides, los islotes del páncreas, las glándulas suprarrenales, los testículos y los ovarios. Durante el embarazo, la placenta actúa como una glándula endocrina además de cumplir con sus otras funciones específicas.
A veces, la hipófisis es también llamada “glándula regidora”, porque coordina muchas funciones de las demás glándulas endocrinas. Algunas hormonas hipofisarias tienen efectos directos, otras solamente controlan la velocidad con la que diversos órganos endocrinos secretan sus hormonas. La hipófisis controla la tasa de secreción de sus propias hormonas a través de un mecanismo conocido como “retroalimentación”, en el cual los valores en la sangre de otras hormonas indican a la hipófisis si debe disminuir o aumentar su producción. No todas las glándulas endocrinas están bajo el control de la hipófisis; algunas responden de forma directa o indirecta a las concentraciones de sustancias en la sangre:
Muchos órganos secretan hormonas o sustancias semejantes a hormonas, pero generalmente no son considerados como parte integrante del sistema endocrino. Algunos de estos órganos producen sustancias que actúan únicamente en las zonas más cercanas al punto de su liberación, mientras que otros no secretan sus productos dentro del flujo sanguíneo. Por ejemplo, el cerebro produce muchas hormonas cuyos efectos están limitados al sistema nervioso principalmente.



Hormonas
Las hormonas son sustancias que, liberadas dentro del flujo sanguíneo desde una glándula u órgano, regulan la actividad de las células en otras zonas del organismo. La mayoría son proteínas compuestas de cadenas de aminoácidos de longitud variable. Otras son esteroides, sustancias grasas derivadas del colesterol. Su característica fundamental es que en pequeñas concentraciones pueden provocar efectos notables en el organismo.
Las hormonas se adhieren a los receptores que están sobre la superficie de la célula o dentro de ella. La unión con un receptor aumenta, disminuye o altera de alguna otra forma la velocidad del funcionamiento de la célula. Finalmente, las hormonas controlan el funcionamiento de órganos enteros. También regulan el crecimiento, el desarrollo, la reproducción y las características sexuales. Por otro lado, influyen en la manera en que el cuerpo utiliza y almacena la energía, y también controlan el volumen de líquidos y las concentraciones de sal y azúcar en la sangre. Algunas hormonas afectan a uno o dos órganos, mientras que otras tienen efectos generales.
La mayor parte de las hormonas de acción general son secretadas por glándulas endocrinas específicas. Por ejemplo, la adrenalina y noradrenalina son secretadas por la glándula suprarrenal como reacción a la estimulación del sistema nervios simpático. Estas hormonas, cuando son liberadas a la circulación general, llegan a todos los tejidos del organismo produciendo reacciones muy diferentes, en especial contracción de los vasos sanguíneos y aumento de la presión arterial.
Algunas de las hormonas generales afectan todas o casi todas las células del organismo. Así, la hormona del crecimiento de la hipófisis anterior hace crecer todas o casi todas las partes del cuerpo, y las hormonas tiroideas, producidas en la glándula tiroides, incrementan la magnitud de la mayor parte de las reacciones químicas en casi todas las células corporales.
Sin embargo, otras hormonas afectan sólo a tejidos determinados. Por ejemplo, la adrenocorticotropina de la hipófisis anterior estimula de manera específica la corteza suprarrenal y la hace secretar las hormonas corticosuprarrenales, mientras que las hormonas ováricas tienen efectos específicos sobre los órganos sexuales femeninos y sobre los caracteres sexuales secundarios del cuerpo de la mujer.
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Las hormonas más importantes secretadas por las principales glándulas endocrinas son las siguientes:
Hormonas de la hipófisis anterior
1. Hormona del crecimiento. Produce crecimiento de casi todas las células y tejidos del cuerpo.
2. Adrenocorticotropina. Hace que la corteza suprarrenal secrete hormonas corticosuprarrenales.
3. Hormona estimulante del tiroides. Hace que la glándula tiroides secrete tiroxina y triyodotironina.
4. Hormona folículo-estimulante (FSH). Causa crecimiento de los folículos ováricos ante de la ovulación y fomenta la formación de espermatozoides en el testículo.
5. Hormona luteinizante (LH). Desempeña una función muy importante para inducir la ovulación; hace que los ovarios secreten hormonas sexuales femeninas y que los testículos secreten testosterona.
6. Prolactina. Fomenta el desarrollo de las mamas y la secreción de leche.
Hormonas de la hipófisis posterior
1. Hormona antidiurética. También llamada vasopresina. Hace que los riñones retengan agua, incrementando así su contenido en el organismo. En grandes concentraciones produce vasoconstricción y eleva la presión arterial.
2.  Oxitocina. Produce contracción del útero durante el parto, con lo que ayuda a la expulsión del feto. También hace que se expulse la leche de las mamas cuando el bebé succiona.
Corteza suprarrenal
1. Cortisol. Tiene múltiples funciones para regular el metabolismo de proteínas, carbohidratos y grasas.
2. Aldosterona. Reduce la excreción renal de sodio y aumenta la de potasio, elevando el contenido de sodio en el organismo y disminuyendo el de potasio.
Glándula tiroides
1. Tiroxina y triyodotironina. Incrementan la magnitud de las reacciones químicas en casi todas las células del cuerpo. De esta manera elevan el nivel general del metabolismo corporal.
2. Calcitonina. Fomenta el depósito de calcio en los huesos y, por tanto, disminuye la concentración de éste en el líquido extracelular.
Islotes de Langerhans del páncreas
1. Insulina. Fomenta la entrada de glucosa en la mayor parte de las células del cuerpo y de esta manera regula el metabolismo de casi todos los carbohidratos.
2. Glucagón. Aumenta la liberación de glucosa desde el hígado hacia los líquidos corporales.
Ovario
1. Estrógenos. Estimula el desarrollo de los órganos sexuales femeninos, las mamas y diversos caracteres sexuales secundarios. Su secreción está controlada por la hormona folículo-estimulante.
2. Progesterona. Su función principal es la de preparar el endometrio uterino para la anidación del óvulo fecundado. Ayuda a fomentar el desarrollo del aparato secretor de las mamas.
Testículo
1. Testosterona. Estimula el crecimiento de los órganos sexuales masculinos, fomenta también el desarrollo de los caracteres sexuales en el varón.
Glándula paratiroides
1. Parathormona. Regula la concentración de iones de calcio en el espacio extracelular al regular: a) la absorción de calcio desde el intestino, b) la excreción de calcio por el riñón, c) la liberación de calcio desde los huesos.


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