ÍNDICE
CONTEÚDOS PÁGINAS
Conceitos
básicos de hematologia …………………...............................................................1
Grupos
sanguíneos……………………………….………………………….…….............… 2
Definição
de transfusão sanguínea…………..............................................................………
3
Objectivos
da transfusão sanguínea …………………………………...................….……… 4
Origem
da transfusão…………………………………...........................………….......……. 5
Tipos
de transfusão ………………………….................................……………........…….....6
Indicações
para a transfusão…………………....................................………...……………. 7
Critérios
Gerais para eleição do doador………………................……….........……………. 8
Vantagens
da doação de Sangue ……………..............................................…….….………
9
Responsabilidades
do enfermeiro na administração de transfusão e reacção transfusional.10
Complicações
……………………………………………...............……………….........… 11
I. INTRODUÇÃO
Como todos sabemos, não há substituto para o sangue
humano.Pois somente, o sangue de um doador substitui o sangue que o paciente
necessita. A doação de sangue deveria ser voluntária e de repetição. Ou seja,
doar independentemente do pedido de
alguém e que o doador o faça regularrmente. Em países desenvolvidos,7 a 8 % da
população tem o hábito de doar sangue.Lembrar que para o doador é um ato de
solidariedade, mas para o paciente, representa salvar a sua vida.
II. CONCEITOS BÁSICOS
DE HEMATOLOGIA
2.1. SANGUE
Sangue:
é um tecido conjutivo líquido que circula pelo sistema vascular dos
vertebrados.
Sangue
; é um tecido vivo que circula ininteruptamente pelas artérias e veias levando
oxigénio ( O2) e nutrientes a todos os órgãos do corpo e trazendo o gás
carbónico ( CO2). É produzido na medula óssea vermelha dos ossos longos , chatos, vertebras,
costelas, quadril,crâneo e externo.
2.2.
Funções do Sangue
Ø Transporte de oxigénio e de nutrientes para as células do corpo;
Ø Defender o organusmo contra infecções e reparacão dos tecidos ;
Ø Promover a coagulação;
Ø Remoção de toxinas nos tecidos;
Ø Transporte de hormonas;
Ø Promoção de homeostasia;
Ø Regulação da temperatura;
III
. CONSTITUINTES DO SANGUE E SUAS FUNÇÕES
3.1.
PLASMA
Plasma-
é um líquido amarelo claro que representa mais de 50 % do volume total de
sangue e é formado por 90 % de água onde estão presentes dissolvidas, as
proteínas, gorduras, sais minerais e açucares. Pelo plasma circula , por todo o organismo, os elementos nutritivos
necessário a vida das celulas.
3.2. HEMÁCIAS
OU GLÓBULOS VERMELHOS
São glóbulos vermelhos do sangue. Cada hemácia tem vida média de 120
dias no organismo. Existem em torno de 4,5 mil hemácias por milímetro cúblico
de sangue. As hemácias são responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões
para as células de todo o organismo e eliminar o gás carbônico das células,
transportando-os para os pulmões.
3.3. LEUCÓCITOS OU GLÓBULOS BRANCOS
São os glóbulos brancos. Os leucócitos variam de 5 a 10 mil por
milímetro cúbico de sangue. Também têm vida curta. Possui formas e funções
diversificadas, sempre ligadas à defesa do organismo contra a presença de
elementos estranhos a ele como por exemplo as bactérias, os vírus,fungos e
outros microrganismos.
3.4.
PLAQUETAS
São os fragmentos de células que participam do
processo de coagulação. Têm vida curta. No organismo circulam na proporção de
200 a 400 mil por milímetro cúbico de sangue. As plaquetas são muito
importantes. Sua função é a obstrução das lesões ocorridas nos vasos sanguíneos
que dariam origem a hemorragias.
.
IV. GRUPOS SANGUÍNEOS
O sangue humano é classificado em grupos e subgrupos, sendo os mais
importantes o ABO (A, B, AB e O) e o Rh (positivo e negativo).
Os grupos sanguíneos mais comuns
são o O e o A. Juntos eles abrangem 87% da maior parte da população moçambicana.
O grupo B contribui com 10% e o AB com apenas 3%. O sangue O é conhecido
como universal, pode ser transfundido em qualquer pessoa. É muito utilizado
pelos hospitais pois é o sangue que salva em situações de emergência.
No caso de transfusão, o ideal
é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. Somente em situações de
urgência/emergência lança-se mão de sangue universal O .
4.1. TIPO DE SANGUE -
PERCENTUAL DE OCORRÊNCIA
O Positivo 36%
O Negativo 9%
A Positivo 34%
A Negativo 8%
B Positivo 8%
B negativo 2%
AB Positivo 2,5%
AB Negativo 0,5%
O Negativo 9%
A Positivo 34%
A Negativo 8%
B Positivo 8%
B negativo 2%
AB Positivo 2,5%
AB Negativo 0,5%
4.2. COMPATIBILIDADE ENTRE OS GRUPOS SANGUINEOS
Quem pode doar para quem? Como os tipos
sanguineos se combinam entre si?
4.2.1. SISTEMA ABO
Para entendemos como os grupos
sangüíneos podem ser combinados entre si, precisamos entender alguns conceitos.
A compatibilidade entre os vários tipos de sangue humano tem a ver com antígeno
e Anticorpos. Aqui nos referimos a Antígenos Eritrocitários ou seja Antígenos
existentes (ou não) nas nossas hemácias.
Antígeno (Ag)
Uma substância que reage com os produtos de uma resposta imune específica.
Uma substância que reage com os produtos de uma resposta imune específica.
Anticorpo (Ab)
Uma proteína específica que é produzida em resposta a um imunógeno e que reage com um antígeno.
Uma proteína específica que é produzida em resposta a um imunógeno e que reage com um antígeno.
São estes Antígenos que diferenciam os
grupos sangüíneos entre si. Veja como:
GRUPO SANGUINEO
|
ANTíGENO do sistema ABO
|
A
|
A
|
B
|
B
|
AB
|
A
e B
|
O
|
nenhum
|
Preste bem atenção. Antígeno é algo que
temos nas nossas hemácias ao nascermos, faz parte de sua estrutura molecular, é
determinado geneticamente pela herança de nossos pais.
Observe que se você é do grupo O você
não tem nenhum Antígeno (do sistema ABO) em suas hemácias. Indivíduos são do
grupo A porque tem o Antígeno A em suas hemácias, Os do grupo B tem o antígeno
B, os do grupo AB tem antígeno A e B.
Antígenos tem a propriedade de gerar
Anticorpos quando introduzidos em organismo que não o contenha. Por exemplo,
indivíduos do grupo A, que tem em suas hemácias o antígeno A, não podem ter em
seu plasma o anticorpo Anti A. O mesmo ocorre com o indivíduo do grupo B, em
relação ao antígeno B. Se um indivíduo tivesse em seu plasma um anticorpo
oposto ao seu antígeno correspondente todas as suas hemácias seriam destruídas
por ele.
Um conceito muito importante é que não
existe anticorpo anti O, uma vez que não existe antígeno O.
Durante a infância sempre adquirimos
naturalmente os anticorpos referentes aos grupos sangüíneos opostos, ou seja:
Se você é do grupo O, em seu plasma existe anticorpos Anti-A e Anti-B,
adquiridos naturalmente durante a infância.
Veja na tabela abaixo:
GRUPO SANGUINEO
|
ANTíGENO
|
ANTICORPO
|
A
|
A
|
Anti-B
|
B
|
B
|
Anti-A
|
A
e B
|
A
e B
|
nenhum
|
O
|
nenhum
|
Anti-A e Anti-B
|
Fica fácil de entender agora como os diversos
tipo de sangue podem ser combinados entre si. Se você é do grupo AB, então você
não tem nenhum dos anticorpos em seu plasma, daí você poderá tomar sangue de
todos os grupos: A, B, AB e O (receptor universal).
Se você é do grupo A você tem anti-B em
seu plasma, daí não poder tomar sangue do grupo B ou AB. Pode tomar dos grupos
A e O. Como não existe "anti-O" as hemácias do grupo O podem
teoricamente ser transfundidas em pessoas de todos os outros grupos (doador
universal).
4.2.2. FACTOR Rh
Bem, existe também o sistema Rh e ele
determina a presença de um Antígeno (também em suas hemácias), denominado
Antígeno D. Indivíduos que o tem são Rh POSITIVOS e indivíduos que não o tem
são Rh NEGATIVOS.
Veja a tabela:
Fator Rh
|
Antígeno do sistema Rh
|
POSITIVO
|
Antígeno
D
|
NEGATIVO
|
nenhum
|
Não existe Anticorpos Anti-D adquiridos
naturalmente e portanto ninguém tem Anti-D em seu plasma a não ser que tenha
sido inoculado de alguma forma com sangue Rh POS., (pode ocorrer inoculação
durante o parto ou aborto, transfusão incompatível ou compartilhamento de
seringas em drogados).
Daí o conceito simples de que em relação
ao Rh, indivíduos Rh POS podem tomar sangue Rh POS e NEG, enquanto indivíduos
Rh NEG só podem tomar sangue Rh NEG., (na verdade poderiam tomar uma primeira
transfusão Rh POS, mais seriam sensibilizados e desenvolveriam Anti-D e uma
segunda transfusão poderia matá-los).
Eis abaixo um diagrama que ajuda a
compreender a relação entre os sangues. Visualize primeiro sangues do mesmo Rh.
Lembre-se: Rh positivo pode receber sangue Rh negativo. O oposto não é
possível.
4.2.3. DIAGRAMA QUE EXEMPLIFICA AS
TRANSFUSÕES POSSÍVEIS ENTRE OS DIVERSOS GRUPOS DE SANGUE E FACTOR RH.

V. TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
5.1. CONCEITO
Transfusão sanguínea : é o processo de transferência de sangue com base em produtos
derivados de sangue de uma pessoa para o sistema circulatório do outro.
Transfusão de sangue: é a transferência de sangue ou de um hemocomponente
de um doador para um receptor.
Fig. “A”Transfusão de Sangue
5.2. OBJECTIVOS DA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
Esse é um procedimento realizado com
o intuito de aumentar a capacidade do sangue de transportar o oxigênio,
restaurar os níveis de sangue no organismo, melhorar a imunidade ou corrigir
distúrbio da coagulação sanguínea. Para além da transfusão total de sangue pode-se transfundir os seus hemocomponentes, estes são
escolhidos sempre que possível, porque
eles suprem a necessidade específica do
paciente, é mais segura e evita o desperdício dos demais.
Um
hemocomponente pode ser:
Ø Eritrócitos;
Ø Plaquetas;
Ø Fatores de coagulação;
Ø Plasma fresco congelado;
Ø Leucócitos;
5.3.
INDICAÇÕES
Sangue Total:
É indicado quando houver perda de sangue
intensa.
Cada coleta é
desdobrada em aproximadamente:
1 unidade de
Concentrado de Hemácias (300 ml).
1 unidade de
Concentrado de Plaquetas.
1 unidade de Plasma.
Assim são beneficiados,
potencialmente, pelo menos três pacientes.
Concentrado de hemacia :
é indicado principalmente nas anemias agudas
Concentrado de plaqueta
Indicação : Leucemias Agudas, particularmente a LMA-M3.
Plaquetas < 20.000u/ml
associado à infecção, coagulopatia ou indicação de procedimento invasivo.
São obtidas a partir da centrifugação do plasma.
Devem ser estocadas à temperatura de 22" C, sob
agitação contínua.
A dose a ser prescrita deve ser de 1 unidade de
Concentrado de Plaquetas para cada 10Kg de peso
Plasma fresco congelado
É indicado:
Deficiências dos fatores de
coagulação, congênita ou adquirida
Hemorragias por Doenças
Hepáticas.
Sangramento intenso pelo uso
de anticoagulante oral.
Coagulação Intravascular
Disseminada (CID),
Púrpura Trombocitopênica
Trombótica (PTT) e Síndrome Hemolítico Urêmica
Obtido após o fracionamento do sangue total.
Contém albumina, fibrinogênio, globulinas e fatores de coagulação sangüínea.
Uma vez descongelado deve ser utilizado em até 4 horas.
Contém albumina, fibrinogênio, globulinas e fatores de coagulação sangüínea.
Uma vez descongelado deve ser utilizado em até 4 horas.
.
Crioprecipitado ou Fator Anti
Hemofílico
Parte insolúvel do plasma.
É indicado
Deficiências
específicas como fibrogênio,
Deficiências congênitas
(Doença de von Willebrand na falta do fator específico),
Deficiência de Fator
VIII,
Transfusões maciças,
Insuficiência Hepática
Grave.
Dose (empírica) é de 1
unidade de crio cada 5 kg de peso do paciente
Obtido através do método de congelamento rápido,
descongelamento e centrifugação do plasma.
Concentrado de antitrombina:
É indicado quando há risco de trombose.
Ø ue,
Ø Hemorragia
intensa;
Ø Procedimentos
cirurgicos;
Ø Hipofibrinogenemia
/Desfibrinogenemia congenita;
Ø Hemofilia
A;
Ø Anemia
grave.
5.3.1.
TIPOS DE DOADORES
Ø Voluntários
Ø Autologos ou auto-transfusão
Ø Repositores
5.3.2.
CRITÉRIOS GERAIS PARA ELEIÇÃO DO DOADOR
Ø Idade:
17 a 66 anos
Ø Peso
mínimo: 50kg
Ø Sinais
vitais- normais
Ø Hemoglobina:
12,5g/dl – 13,5g/dl
Ø Apresentar documento oficial de identidade com foto.
Ø Anamnese:
viagens internacionais, gravidez, história de hepatite.
Ø Imunizações:
vacinas contra rubeola, raiva, etc.
Ø Doenças:
teste de HIV, cardiopatias, pneumopatias ou hepatopatias, sangramento anormal
ou história de câncer, teste de coombs directo, teste de compatibilidade.
5.3.3.
VANTAGENS DA DOAÇÃO DE SANGUE
Ø Salvar vidas ;
Ø Controle
regular do estado de saúde do doador;
Ø Assistência
médica e medicamentosa do doador gratuita .
5.4. CONTRA - INDICAÇÕES
A
coleta, o armazenamento e o transporte do sangue são regulamentados por técnicos
especializados na área de hematologia , bem como alguns hospitais possuem suas próprias normas adicionais.
Por
isso os doadores são examinados para se constatar boas condições de saúde. São
verificados pulso, pressão arterial, temperatura e, através de uma exame, a
existência ou não de anemia.
Um
doador pode ser desqualificado permanentemente caso se constate hepatite, cardiopatia,
alguns tipos de câncer, asma grave,
malária,
distúrbios hemorrágicos, SIDA, entre outras doenças.
Já
em constatação de gravidez, cirurgias de grande porte recente, hipertensão mal
controlada, hipotensão, uso de drogas ou determinados medicamentos e anemia, o
doador será temporariamente desqualificado.
Por
ser um potencial instrumento de contágio, o sangue do doador passa por uma investigação
rigorosa para o despiste de hepatites virais, Aids, sífilis e outros vírus
selecionados.
Todo
o processo de doação sanguínea dura aproximadamente uma hora, sendo que a
doação propriamente dita demora cerca de 10 minutos.
O
sangue doado, aproximadamente 450ml é vedado em bolsas plásticas conservantes
que possuem um composto anticoagulante.
Esse sangue é refrigerado e pode ser usado em até 42 dias e, em circunstâncias
especiais, os eritrócitos podem ser congelados e armazenador por até 10 anos.
Devido ao fato de que a incompatibilidade entre o sangue do doador e do
receptor, é feita uma classificação por tipo sanguíneo (A, AB, B ou O) e por RH ( positivo e negativo).
5.5. TIPOS DE TRANSSFUSÃO
Existem
dois tipos de transfusão que são autóloga ou autotransfusão e Heterotransfusão.
Na
heterotransfusão
o indivíduo doa sangue a outra pessoa.
Na
transfusão autóloga o doador também é receptor. Esta é considerada a forma mais segura, esta transfusão pode ser feita por intermédio de
duas possibilidades de coleta do sangue:
Ø Na primeira o doador faz a coleta um mês antes da
cirurgia que poderá acarretar a necessidade de transfusão.
Ø Na segunda o sangue é coletado a partir de uma
sangramento ou oriundo de um procedimento cirúrgico.
VI
. MATERIAL NECESSÁRIO
Ø EPI: ( Luvas de procedimento, avental. máscara,
berrete , óculos e sapato fechado) ;
Ø Tabuleiro,taça,covete e algodão
Ø Anti-septico:Clorexidina-Hibitane ou Clorexidina e
Cetrimida-Savlon ou álcool etilico a 70%;
Ø Comprensa,cateter de calibre
adecuado,garrote,tesoura,adesivo
Ø
Produto sanguíneo ou outros derivados
Ø
Sistema de transfusao de sangue
Ø Suporte para bolsa de sangue ou outros derivados
Ø
Esfigmomanômetro,estetoscópio , termómetro e relógio;
VII. PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
7.1. Condições gerais para a transfusão :
Ø
Prescrição clínica
Ø
Identificação dos sistemas e grupos sanguíneos ( dadores
e receptores)
Ø
Prova de compatibilidade do receptor
Ø
Histórico do dador e do receptor
7.2. Antes da transfusão
Ø Conferir os dados do paciente
(receptor), assinatura e carimbo do médico solicitante.
Ø Rotular o tubo para amostra.
Ø Coletar a amostra de sangue do
paciente em tubo com anticoagulante (tampa lilás).
Ø Guardar amostra no recipiente
de transporte.
Ø Encaminhar, imediatamente, a
amostra de sangue ao Serviço de Hemoterapia (técnico de hemoterapia),
transportando em caixa própria para este procedimento.
Ø Perguntar ao paciente seu nome
completo (caso tenha condições de responder)
Ø Conferir o nome relatado com
os dados do rótulo da bolsa e da prescrição.
Ø Certificar a indicação da
transfusão na prescrição médica
Ø Aferir e anotar os sinais
vitais.
Ø Observar reacções prévias á tranfusão;
Ø Atentar para que o início da
transfusão não exceda 30 minutos após o recebimento da bolsa.
Ø Colar etiqueta referente ao
hemocomponente no prontuário do paciente.
Ø Conferir se a contra-capa do
pontuário já tem a etiqueta de tipagem do paciente.
Ø Informar ao paciente o procedimento.
Ø Questionar se houve transfusões anteriores.
Ø
Inspeccionar o sangue.
Ø
Instalar o hemocomponente mantendo íntegro o sistema ate o final do procedimento
Ø
Anotar o horário de início e término da transfusão
Ø
Atentar para que o início da transfusão não exceda a
30 minutos após o recebimento da bolsa.
7.3. Durante a transfusão
Ø Instruir a equipe de
enfermagem para não infundir nenhum tipo
de medicamento concomitantemente com a transfusão (exceto solução fisiológica
9%).
Ø Controlar a transfusão para
que seu tempo máximo não ultrapasse 4 horas.
Ø Aferir e anotar os sinais
vitais (cada 15- 30
minutos na primeira hora, e depois toda hora até o final da transfusão).
Ø Permanecer os primeiros 15
minutos da transfusão observando o paciente.
Ø Atentar para sinais de Reação
Transfusional.
Ø Interromper em caso de Reação
Transfusional.
Ø Relatar a evolução da Reação
Transfusional apresentada.
7.4. Após transfusão
Ø Anotar horário do término da
transfusão.
Ø Desconecte a bolsa de sangue e introduzir pelo catéter
o flush (solução salina heparinizada)
Ø Colocar NaCl 0,9% até o equipo mostrar-se límpido de
sangue
Ø Colher o sangue até 1 hora depois da transfusão para
medir hematócrito.
Ø Colectar amostra de urina de paciente para pesquisar
presença de elementos anormais ( hemoglobinúria )
Ø Manter a amostra de urina fora da caixa térmica e
encaminhá-la ao laboratório
Ø
Observar possìveis reações transfusionais
Ø
Reavaliar os sinais vitais
Ø Relatar a evolução da Reação
Transfusional apresentada.
Ø Assinar e carimbar no término
da evolução transfusional.
Ø Devolver o
hemocomponente ao Serviço de Hemoterapia caso o mesmo não tenha sido utilizado
Ø
Recolher a bolsa e encaminhar para o serviço de Hemoterapia
para ser autoclavada.
Ø
Anotar no diário de enfermagem todo o procedimento
NB: Como
precaução, antes do início de uma transfusão, é misturada uma gota do sangue do
doador com uma gota do sangue do receptor para assegurar a compatibilidade
Para
reduzir a possibilidade de alguma reação durante a transfusão, o profissional
da saúde deve tomar precauções. As reações mais comuns são a febre e a
hipersensibilidade, e pode acontecer entre 1 a 2% do total de transfusões
realizadas.
VIII.COMPLICAÇÕES DAS TRANSFUSÕES:
8.1. Imunológicas
Ø Alergias
Ø Febre não hemolítica
Ø Febre não hemolítica aguda e fatal
8.2.
Não Imunológicas
Ø Sobrecarga cardíaca
Ø Septicêmia
8.3.
Sintomatologia da reacções transfusionais
Ø Urticárias
Ø Vomitos
Ø Cefaleias
Ø Calafrios
Ø Dispneia
Ø Sinais de choque
Ø Taquicárdia
Ø Dor local
Ø Tosse
Ø Hipertermia
Ø Diarreia
Ø Distensão da veia jugular
Ø HTA
Ø Hipotensão
Ø Síncope cárdio – respiratória
8.4.
Conduta de Enfermagem em caso de reacções
transfusionais
Ø Parar imediatamente a transfusão
Ø Ocluir a extremidade do equipo da transfusão do hemocomponente
Ø Manter o acesso venoso com solução salina a 0.9% com
gotejamento moderado
Ø Verificar os sinais vitais e anotar no processo do
paciente
Ø Comunicar ao médico
Ø Fazer o relato da reação transfusional e a conduta
tomada.
Bibliografia
I. Brunner e Saddarth, Tratado de enfermagem medico
–cirurgico,10ª ed. editora Guanabara Koogan, vol.1, Rio de Janeiro,2005.
II. Joel Samo Gudo, Normas sobre a pratica clinica
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III.Potter Perry. Fundamentoos de enfermagem 5ª ed
Guanabara Koogan 2004
IV.Robbins, Stanley L, Fundamento de Patologia Estrutural
e Funcional, 6ª edição, Guanabara koogan, Rio de janeiro, 2001
V. Sandra M Nettina, Conceitos e habilidade
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Vihttp://www.medicina.ufmg.br/edump
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www.hemonline.com.br
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