sábado, 5 de setembro de 2015

ÍNDICE                                                                                                                       
CONTEÚDOS                                                                                                        PÁGINAS
Conceitos básicos de hematologia …………………...............................................................1
Grupos sanguíneos……………………………….………………………….…….............… 2
Definição de transfusão sanguínea…………..............................................................……… 3
Objectivos da transfusão sanguínea …………………………………...................….……… 4
Origem da transfusão…………………………………...........................………….......……. 5
Tipos de transfusão ………………………….................................……………........…….....6
Indicações para a transfusão…………………....................................………...……………. 7
Critérios Gerais para eleição do doador………………................……….........……………. 8
Vantagens da doação de Sangue ……………..............................................…….….……… 9
Responsabilidades do  enfermeiro na administração  de transfusão e reacção transfusional.10
Complicações ……………………………………………...............……………….........… 11














 I. INTRODUÇÃO

Como todos sabemos, não há substituto para o sangue humano.Pois somente, o sangue de um doador substitui o sangue que o paciente necessita. A doação de sangue deveria ser voluntária e de repetição. Ou seja, doar independentemente  do pedido de alguém e que o doador o faça regularrmente. Em países desenvolvidos,7 a 8 % da população tem o hábito de doar sangue.Lembrar que para o doador é um ato de solidariedade, mas para o paciente, representa salvar a sua vida.






















II. CONCEITOS BÁSICOS DE HEMATOLOGIA
2.1. SANGUE
Sangue: é um tecido conjutivo líquido que circula pelo sistema vascular dos vertebrados.
Sangue ; é um tecido vivo que circula ininteruptamente pelas artérias e veias levando oxigénio ( O2) e nutrientes a todos os órgãos do corpo e trazendo o gás carbónico            ( CO2). É produzido na medula óssea vermelha  dos ossos longos , chatos, vertebras, costelas, quadril,crâneo e externo.
2.2. Funções  do Sangue
Ø  Transporte de oxigénio  e de nutrientes  para as células do corpo;
Ø  Defender o organusmo contra infecções  e reparacão dos tecidos ;
Ø  Promover a coagulação;
Ø  Remoção de toxinas nos tecidos;
Ø  Transporte de hormonas;
Ø  Promoção de homeostasia;
Ø  Regulação da temperatura;
III . CONSTITUINTES DO SANGUE E SUAS FUNÇÕES
3.1. PLASMA
   Plasma- é um líquido amarelo claro que representa mais de 50 % do volume total de sangue e é formado por 90 % de água onde estão presentes dissolvidas, as proteínas, gorduras, sais minerais e açucares. Pelo plasma circula , por todo o organismo, os elementos nutritivos necessário a vida das celulas.
3.2.    HEMÁCIAS OU GLÓBULOS VERMELHOS
São glóbulos vermelhos do sangue. Cada hemácia tem vida média de 120 dias no organismo. Existem em torno de 4,5 mil hemácias por milímetro cúblico de sangue. As hemácias são responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões para as células de todo o organismo e eliminar o gás carbônico das células, transportando-os para os pulmões.
3.3.     LEUCÓCITOS OU GLÓBULOS BRANCOS
São os glóbulos brancos. Os leucócitos variam de 5 a 10 mil por milímetro cúbico de sangue. Também têm vida curta. Possui formas e funções diversificadas, sempre ligadas à defesa do organismo contra a presença de elementos estranhos a ele como por exemplo as bactérias, os vírus,fungos e outros microrganismos.

3.4.  PLAQUETAS
São os fragmentos de células que participam do processo de coagulação. Têm vida curta. No organismo circulam na proporção de 200 a 400 mil por milímetro cúbico de sangue. As plaquetas são muito importantes. Sua função é a obstrução das lesões ocorridas nos vasos sanguíneos que dariam origem a hemorragias.
.

IV. GRUPOS SANGUÍNEOS
O sangue humano é classificado em grupos e subgrupos, sendo os mais importantes o ABO (A, B, AB e O) e o Rh (positivo e negativo).
 Os grupos sanguíneos mais comuns são o O e o A. Juntos eles abrangem 87% da maior parte da  população moçambicana.
O grupo B contribui com 10% e o AB com apenas 3%. O sangue O é conhecido como universal, pode ser transfundido em qualquer pessoa. É muito utilizado pelos hospitais pois é o sangue que salva em situações de emergência.
No caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. Somente em situações de urgência/emergência lança-se mão de sangue universal O .


4.1. TIPO DE SANGUE - PERCENTUAL DE OCORRÊNCIA
O Positivo 36%
O Negativo 9%
A Positivo 34%
A Negativo 8%
B Positivo 8%
B negativo 2%
AB Positivo 2,5%
AB Negativo                                                                                                                0,5%


4.2. COMPATIBILIDADE ENTRE OS GRUPOS  SANGUINEOS
Quem pode doar para quem? Como os tipos sanguineos se combinam entre si?
4.2.1.  SISTEMA ABO
Para entendemos como os grupos sangüíneos podem ser combinados entre si, precisamos entender alguns conceitos. A compatibilidade entre os vários tipos de sangue humano tem a ver com antígeno e Anticorpos. Aqui nos referimos a Antígenos Eritrocitários ou seja Antígenos existentes (ou não) nas nossas hemácias.
 Antígeno (Ag)
Uma substância que reage com os produtos de uma resposta imune específica.
 Anticorpo (Ab)
Uma proteína específica que é produzida em resposta a um imunógeno e que reage com um antígeno.
São estes Antígenos que diferenciam os grupos sangüíneos entre si. Veja como:
GRUPO SANGUINEO
ANTíGENO do sistema ABO
A
A
B
B
AB
A e B
O
nenhum
Preste bem atenção. Antígeno é algo que temos nas nossas hemácias ao nascermos, faz parte de sua estrutura molecular, é determinado geneticamente pela herança de nossos pais.
Observe que se você é do grupo O você não tem nenhum Antígeno (do sistema ABO) em suas hemácias. Indivíduos são do grupo A porque tem o Antígeno A em suas hemácias, Os do grupo B tem o antígeno B, os do grupo AB tem antígeno A e B.
Antígenos tem a propriedade de gerar Anticorpos quando introduzidos em organismo que não o contenha. Por exemplo, indivíduos do grupo A, que tem em suas hemácias o antígeno A, não podem ter em seu plasma o anticorpo Anti A. O mesmo ocorre com o indivíduo do grupo B, em relação ao antígeno B. Se um indivíduo tivesse em seu plasma um anticorpo oposto ao seu antígeno correspondente todas as suas hemácias seriam destruídas por ele.
Um conceito muito importante é que não existe anticorpo anti O, uma vez que não existe antígeno O.
Durante a infância sempre adquirimos naturalmente os anticorpos referentes aos grupos sangüíneos opostos, ou seja: Se você é do grupo O, em seu plasma existe anticorpos Anti-A e Anti-B, adquiridos naturalmente durante a infância.
Veja na tabela abaixo:
GRUPO SANGUINEO
ANTíGENO
ANTICORPO
A
A
Anti-B
B
B
Anti-A
A e B
A e B
nenhum
O
nenhum
Anti-A e Anti-B
Fica fácil de entender agora como os diversos tipo de sangue podem ser combinados entre si. Se você é do grupo AB, então você não tem nenhum dos anticorpos em seu plasma, daí você poderá tomar sangue de todos os grupos: A, B, AB e O (receptor universal).
Se você é do grupo A você tem anti-B em seu plasma, daí não poder tomar sangue do grupo B ou AB. Pode tomar dos grupos A e O. Como não existe "anti-O" as hemácias do grupo O podem teoricamente ser transfundidas em pessoas de todos os outros grupos (doador universal).
4.2.2. FACTOR  Rh
Bem, existe também o sistema Rh e ele determina a presença de um Antígeno (também em suas hemácias), denominado Antígeno D. Indivíduos que o tem são Rh POSITIVOS e indivíduos que não o tem são Rh NEGATIVOS.
Veja a tabela:
Fator Rh
Antígeno do sistema Rh
POSITIVO
Antígeno D
NEGATIVO
nenhum
Não existe Anticorpos Anti-D adquiridos naturalmente e portanto ninguém tem Anti-D em seu plasma a não ser que tenha sido inoculado de alguma forma com sangue Rh POS., (pode ocorrer inoculação durante o parto ou aborto, transfusão incompatível ou compartilhamento de seringas em drogados).
Daí o conceito simples de que em relação ao Rh, indivíduos Rh POS podem tomar sangue Rh POS e NEG, enquanto indivíduos Rh NEG só podem tomar sangue Rh NEG., (na verdade poderiam tomar uma primeira transfusão Rh POS, mais seriam sensibilizados e desenvolveriam Anti-D e uma segunda transfusão poderia matá-los).
Eis abaixo um diagrama que ajuda a compreender a relação entre os sangues. Visualize primeiro sangues do mesmo Rh. Lembre-se: Rh positivo pode receber sangue Rh negativo. O oposto não é possível.




4.2.3. DIAGRAMA QUE EXEMPLIFICA AS TRANSFUSÕES POSSÍVEIS ENTRE OS DIVERSOS GRUPOS  DE SANGUE E FACTOR RH.

Tipos de Sangue

 V. TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
5.1. CONCEITO
Transfusão sanguínea : é o processo de transferência de sangue com base em produtos derivados de sangue de uma pessoa para o sistema circulatório do outro.  

 Transfusão de sangue: é  a transferência de sangue ou de um hemocomponente de um doador para um receptor.


Transfusão de Sangue
Fig. “A”Transfusão de Sangue

5.2. OBJECTIVOS DA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
Esse é um procedimento realizado com o intuito de aumentar a capacidade do sangue de transportar o oxigênio, restaurar os níveis de sangue no organismo, melhorar a imunidade ou corrigir distúrbio da coagulação sanguínea. Para além da transfusão total de sangue pode-se  transfundir os seus hemocomponentes, estes são escolhidos  sempre que possível, porque eles  suprem a necessidade específica do paciente, é mais segura e evita o desperdício dos demais.
Um hemocomponente pode ser:
Ø  Eritrócitos;
Ø  Plaquetas;
Ø  Fatores de coagulação;
Ø  Plasma fresco congelado;
Ø  Leucócitos;
5.3. INDICAÇÕES
Sangue Total:
É indicado quando houver perda de sangue intensa.
Cada coleta é desdobrada em aproximadamente:
1 unidade de Concentrado de Hemácias (300 ml).
1 unidade de Concentrado de Plaquetas.
1 unidade de Plasma.
Assim são beneficiados, potencialmente, pelo menos três pacientes.
Concentrado de hemacia :
é indicado principalmente nas anemias agudas
Concentrado de plaqueta
Indicação : Leucemias Agudas, particularmente a LMA-M3.
Plaquetas < 20.000u/ml associado à infecção, coagulopatia ou indicação de procedimento invasivo.
São obtidas a partir da centrifugação do plasma.
Devem ser estocadas à temperatura de 22" C, sob agitação contínua.
A dose a ser prescrita deve ser de 1 unidade de Concentrado de Plaquetas para cada 10Kg de peso
Plasma fresco congelado
É indicado:
Deficiências dos fatores de coagulação, congênita ou adquirida
Hemorragias por Doenças Hepáticas.
Sangramento intenso pelo uso de anticoagulante oral.
Coagulação Intravascular Disseminada (CID),
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) e Síndrome Hemolítico Urêmica
Obtido após o fracionamento do sangue total.
Contém albumina, fibrinogênio, globulinas e fatores de coagulação sangüínea.
Uma vez descongelado deve ser utilizado em até 4 horas.
.
Crioprecipitado ou Fator Anti Hemofílico
Parte insolúvel do plasma.
É indicado
Deficiências específicas como fibrogênio,
Deficiências congênitas (Doença de von Willebrand na falta do fator específico),
Deficiência de Fator VIII,
Transfusões maciças,
Insuficiência Hepática Grave.
Dose (empírica) é de 1 unidade de crio cada 5 kg de peso do paciente
Obtido através do método de congelamento rápido, descongelamento e centrifugação do plasma.
Concentrado de antitrombina:
É indicado quando há risco de trombose.
Ø  ue,
Ø  Hemorragia intensa;
Ø  Procedimentos cirurgicos;
Ø  Hipofibrinogenemia /Desfibrinogenemia congenita;
Ø  Hemofilia A;
Ø  Anemia grave.
5.3.1. TIPOS DE DOADORES
Ø  Voluntários
Ø  Autologos ou auto-transfusão
Ø  Repositores
5.3.2. CRITÉRIOS GERAIS PARA ELEIÇÃO DO DOADOR

Ø  Idade: 17 a 66 anos
Ø  Peso mínimo: 50kg
Ø  Sinais vitais- normais
Ø  Hemoglobina: 12,5g/dl – 13,5g/dl
Ø  Apresentar documento oficial de identidade com foto.
Ø  Anamnese: viagens internacionais, gravidez, história de hepatite.
Ø  Imunizações: vacinas contra rubeola, raiva, etc.
Ø  Doenças: teste de HIV, cardiopatias, pneumopatias ou hepatopatias, sangramento anormal ou história de câncer, teste de coombs directo, teste de compatibilidade.

5.3.3. VANTAGENS DA DOAÇÃO DE SANGUE

Ø  Salvar  vidas ;
Ø  Controle regular do estado de saúde do doador;
Ø  Assistência médica e medicamentosa do doador gratuita .



5.4. CONTRA - INDICAÇÕES
A coleta, o armazenamento e o transporte do sangue são regulamentados por técnicos especializados na área de hematologia , bem como alguns hospitais  possuem suas próprias normas adicionais.
Por isso os doadores são examinados para se constatar boas condições de saúde. São verificados pulso, pressão arterial, temperatura e, através de uma exame, a existência ou não de anemia.
Um doador pode ser desqualificado permanentemente caso se constate hepatite, cardiopatia, alguns tipos de câncer, asma grave, malária, distúrbios hemorrágicos, SIDA, entre outras doenças.
Já em constatação de gravidez, cirurgias de grande porte recente, hipertensão mal controlada, hipotensão, uso de drogas ou determinados medicamentos e anemia, o doador será temporariamente desqualificado.
Por ser um potencial instrumento de contágio, o sangue do doador passa por uma investigação rigorosa para o despiste de hepatites virais, Aids, sífilis e outros vírus selecionados.
Todo o processo de doação sanguínea dura aproximadamente uma hora, sendo que a doação propriamente dita demora cerca de 10 minutos.
O sangue doado, aproximadamente 450ml é vedado em bolsas plásticas conservantes que possuem um composto anticoagulante. Esse sangue é refrigerado e pode ser usado em até 42 dias e, em circunstâncias especiais, os eritrócitos podem ser congelados e armazenador por até 10 anos. Devido ao fato de que a incompatibilidade entre o sangue do doador e do receptor, é feita uma classificação por tipo sanguíneo (A, AB, B ou O) e por RH ( positivo e negativo).
5.5. TIPOS DE TRANSSFUSÃO
Existem dois tipos de transfusão que são autóloga ou autotransfusão e Heterotransfusão.
Na heterotransfusão o indivíduo doa sangue a outra pessoa.
Na transfusão autóloga  o doador também é  receptor. Esta é  considerada a forma mais segura, esta  transfusão pode ser feita por intermédio de duas possibilidades de coleta do sangue:
Ø  Na primeira o doador faz a coleta um mês antes da cirurgia que poderá acarretar a necessidade de transfusão.
Ø  Na segunda o sangue é coletado a partir de uma sangramento ou oriundo de um procedimento cirúrgico.


VI . MATERIAL NECESSÁRIO
Ø  EPI: ( Luvas de procedimento, avental. máscara, berrete , óculos e  sapato   fechado) ;
Ø  Tabuleiro,taça,covete e algodão
Ø  Anti-septico:Clorexidina-Hibitane ou Clorexidina e Cetrimida-Savlon ou álcool etilico a 70%;
Ø  Comprensa,cateter de calibre adecuado,garrote,tesoura,adesivo
Ø  Produto sanguíneo ou outros derivados
Ø  Sistema de transfusao de sangue
Ø  Suporte para bolsa de sangue ou outros derivados
Ø  Esfigmomanômetro,estetoscópio , termómetro e relógio;

VII. PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
7.1. Condições gerais para a transfusão :
Ø  Prescrição clínica
Ø  Identificação dos sistemas e grupos sanguíneos ( dadores e receptores)
Ø  Prova de compatibilidade do receptor
Ø  Histórico do dador e do receptor

7.2. Antes da transfusão
Ø  Conferir os dados do paciente (receptor), assinatura e carimbo do médico solicitante.
Ø  Rotular o tubo para amostra.
Ø  Coletar a amostra de sangue do paciente em tubo com anticoagulante (tampa lilás).
Ø  Guardar amostra no recipiente de transporte.
Ø  Encaminhar, imediatamente, a amostra de sangue ao Serviço de Hemoterapia (técnico de hemoterapia), transportando em caixa própria para este procedimento.   
Ø  Perguntar ao paciente seu nome completo (caso tenha condições de responder)
Ø  Conferir o nome relatado com os dados do rótulo da bolsa e da prescrição.
Ø  Certificar a indicação da transfusão na prescrição médica
Ø  Aferir e anotar os sinais vitais.
Ø  Observar reacções prévias á tranfusão;
Ø  Atentar para que o início da transfusão não exceda 30 minutos após o recebimento da bolsa.
Ø  Colar etiqueta referente ao hemocomponente no prontuário do paciente.
Ø  Conferir se a contra-capa do pontuário já tem a etiqueta de tipagem do paciente.
Ø  Informar ao paciente o procedimento.
Ø  Questionar se houve transfusões anteriores.
Ø  Inspeccionar o sangue.
Ø  Instalar o hemocomponente mantendo  íntegro o sistema ate o final do procedimento
Ø  Anotar o horário de início e término da transfusão
Ø  Atentar para que o início da transfusão não exceda a 30 minutos após  o recebimento da bolsa.

7.3. Durante  a  transfusão
Ø  Instruir a equipe de enfermagem  para não infundir nenhum tipo de medicamento concomitantemente com a transfusão (exceto solução fisiológica 9%).
Ø  Controlar a transfusão para que seu tempo máximo não ultrapasse 4 horas.
Ø  Aferir e anotar os sinais vitais (cada 15- 30 minutos na primeira hora, e depois toda hora até o final da transfusão). 
Ø  Permanecer os primeiros 15 minutos da transfusão observando o paciente.
Ø  Atentar para sinais de Reação Transfusional.
Ø  Interromper em caso de Reação Transfusional.
Ø  Relatar a evolução da Reação Transfusional apresentada.

7.4. Após transfusão
Ø  Anotar horário do término da transfusão.
Ø  Desconecte a bolsa de sangue e introduzir pelo catéter o flush (solução salina heparinizada)
Ø  Colocar NaCl 0,9% até o equipo mostrar-se límpido de sangue
Ø  Colher o sangue até 1 hora depois da transfusão para medir hematócrito.
Ø  Colectar amostra de urina de paciente para pesquisar presença de elementos anormais ( hemoglobinúria )
Ø  Manter a amostra de urina fora da caixa térmica e encaminhá-la ao laboratório
Ø  Observar possìveis reações transfusionais
Ø  Reavaliar os sinais vitais
Ø  Relatar a evolução da Reação Transfusional apresentada.
Ø  Assinar e carimbar no término da evolução transfusional.
Ø  Devolver o hemocomponente ao Serviço de Hemoterapia caso o mesmo não tenha sido utilizado
Ø  Recolher a bolsa e encaminhar para o serviço de Hemoterapia para ser autoclavada.
Ø  Anotar no diário de enfermagem todo o procedimento


NB: Como precaução, antes do início de uma transfusão, é misturada uma gota do sangue do doador com uma gota do sangue do receptor para assegurar a compatibilidade
Para reduzir a possibilidade de alguma reação durante a transfusão, o profissional da saúde deve tomar precauções. As reações mais comuns são a febre e a hipersensibilidade, e pode acontecer entre 1 a 2% do total de transfusões realizadas.




VIII.COMPLICAÇÕES DAS TRANSFUSÕES:
8.1. Imunológicas
Ø  Alergias
Ø  Febre não hemolítica
Ø  Febre não hemolítica aguda e fatal
8.2.    Não Imunológicas
Ø  Sobrecarga cardíaca
Ø  Septicêmia
8.3.    Sintomatologia da reacções transfusionais
Ø  Urticárias
Ø  Vomitos
Ø  Cefaleias
Ø  Calafrios
Ø  Dispneia
Ø  Sinais de choque
Ø  Taquicárdia
Ø  Dor local
Ø  Tosse
Ø  Hipertermia
Ø  Diarreia
Ø  Distensão da veia jugular
Ø  HTA
Ø  Hipotensão
Ø  Síncope cárdio – respiratória

8.4.    Conduta de Enfermagem em caso de reacções transfusionais
Ø  Parar imediatamente a transfusão
Ø  Ocluir a extremidade do equipo da transfusão do  hemocomponente
Ø  Manter o acesso venoso com solução salina a 0.9% com gotejamento moderado
Ø  Verificar os sinais vitais e anotar no processo do paciente
Ø  Comunicar ao médico
Ø  Fazer o relato da reação transfusional e a conduta tomada.




















Bibliografia
I. Brunner e Saddarth, Tratado de enfermagem medico –cirurgico,10ª ed. editora Guanabara Koogan, vol.1, Rio de Janeiro,2005.
II. Joel Samo Gudo, Normas sobre a pratica clinica sobre transfusional em Mocambique , Misau Maputo 2001.
III.Potter Perry. Fundamentoos de enfermagem 5ª ed Guanabara Koogan 2004
IV.Robbins, Stanley L, Fundamento de Patologia Estrutural e Funcional, 6ª edição, Guanabara koogan, Rio de janeiro, 2001
V. Sandra M Nettina, Conceitos e habilidade fundamentais no atendimento de enfermagem 6ªed editora Guanabara Koogan.
Vihttp://www.medicina.ufmg.br/edump
                       www.hemonline.com.br



Sem comentários:

Enviar um comentário